O superintendente do Aeroporto Municipal “Plínio Alarcon”, Estevão Palma, quer que o serviço de raio-x responsável pela inspeção das bagagens dos passageiros que embarcam no local, seja estendido para o período noturno o quanto antes. Segundo ele, a Agência Nacional de Aviação Comercial (Anac) agendou para o mês de junho uma banca de avaliação para os quatro operadores de raio-x, que hoje atuam no período da manhã e da tarde.
Por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura, Estevão citou que, no mês de fevereiro ocorrerão bancas nas cidades de Guarulhos e Campinas-SP. Ele afirma que está tentando fazer com que os Agentes de Proteção da Aviação Civil (Apac´s) do aeroporto, participem desse processo no próximo mês, uma vez que para ele, não há condições de esperar até junho.
Para justificar o pedido de adiantamento da bancada, o superintendente cita o fato de não poderem estender a carga horária dos funcionários do aeroporto, uma vez que a própria Anac exige que um Apac inspecione as bagagens por 20 minutos e descanse por outros 20, revezando entre os quatro.
A preocupação de Estevão veio à tona após um casal ter sido preso, na madrugada desta quarta-feira, 21, pela Polícia Militar no Aeroporto “Leite Lopes”, em Ribeirão Preto-SP, com 46 quilos maconha escondidos em duas malas. O casal embarcou em Três Lagoas com destino a Manaus-AM e fizeram conexão em Ribeirão Preto, onde o sistema de raio-x detectou o entorpecente enrolados em peças de roupas e cobertores.
O superintendente do aeroporto de Três Lagoas afirma que os procedimentos de inspeção foram realizados normalmente.
De acordo com ele, as malas que foram coletadas e despachadas diretamente para o porão da aeronave pela Passaredo Linhas Aéreas, não passaram pelo Canal de Inspeção onde atuam os Apac´s do aeroporto.
Ainda por meio da assessoria de imprensa, Estevão disse que, caso as bagagens tivessem passado pelos agentes, certamente a droga seria detectada, uma vez que, não havendo o serviço do raio-x durante a madrugada, a inspeção é realizada de forma manual, abrindo bagagem por bagagem.
Ele ainda destaca que a responsabilidade dos agentes é apenas fazer a segurança para evitar atos ilícitos contra a aviação civil, ou seja, questões relativas à fiscalização e apreensão de drogas são da Polícia Federal, que faz inspeções aleatórias no aeroporto.
Ainda conforme Estevão, “bagagens ou mercadorias que são despachadas diretamente para o porão da aeronave, devem ser inspecionadas pela própria empresa aérea, não cabendo a função aos Apac’s do Município”.
PASSAREDO
Assim que detectou a presença da droga, o funcionário da Passaredo comunicou a central da empresa em Ribeirão Preto, onde tomaram as devidas providências e comunicaram a Polícia Federal que deu voz de prisão ao casal que transportava o entorpecente. (Com informações da assessoria de imprensa da Prefeitura)