O resultado do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Lira), divulgado nessa semana, mostra que vários bairros de Três Lagoas estão em situação de risco para ocorrência de surto da dengue.De acordo com o levantamento, os bairros Santo André, Vila Piloto, Vila Nova, Vila Alegre, Nossa Senhora das Graças, Santa Rita, Nossa Senhora Aparecida, Parque São Carlos, Santa Luzia, Santa Terezinha, Vila Haro e Jardim Maristela, estão com o índice de infestação predial do mosquito transmissor da dengue, considerado endêmico e sob risco de surto.
O Lira apontou que o bairro Nossa Senhora das Graças está com um índice de infestação de 26,7%, vinte e seis vezes superior ao recomendado como satisfatório pelo Ministério da Saúde, que é abaixo de 1%. De 1 % a 3,9% o índice representa situação de alerta. Acima de 3,9% há risco de surto. Nesse bairro, 30 imóveis foram visitados, sendo que, em oito foram encontradas larva do mosquito da dengue.
Na região A do bairro Vila Haro, o índice foi de 17,2%. Dos 29 imóveis inspecionados, em cinco foram encontrados larvas do mosquito. Na região A do bairro Santo André, o índice de infestação foi de 16,0%. Nessa micro aérea 25 imóveis foram visitados e, em quatro positivados. Na região A do Santa Terezinha, o índice foi de 15,6%. Nessa bairro 32 imóveis foram visitados, sendo que em cinco encontrados larvas do mosquito.
No Santa Rita, o índice de infestação predial do mosquito transmissor da dengue foi de 13,6%. No Nossa Senhora das Graças A, de 12,5%. Na região C do Parque São Carlos o índice foi de 10,5%. Em outros bairros da cidade, cujo levantamento foi realizado, o índice foi inferior a 10%, entretanto, em alguns, considerado alto ainda se comparado com o recomendado pelo Ministério da Saúde.
GERAL
Oíndice geral de infestação predial do mosquito transmissor da dengue, em Três Lagoas, realizado no começo desse ano, foi de 3,7%. O último realizado no final do ano passado foi de 4.1%. A queda, em comparação ao último levantamento realizado em 2013, segundo o coordenador do Setor de Endemias, Benício Donizete da Silva, deve-se ao trabalho desenvolvido pelos agentes de endemias que, mesmo no período de recesso da Prefeitura, continuaram trabalhando no combate ao mosquito transmissor da doença.
“Apesar dessa queda, o índice ainda é alto se comparado ao preconizado pelo Ministério da Saúde. Ainda estamos em risco de surto, por isso estamos trabalhando no pós Lira para acabar com a cadeia de transmissão do mosquito”, alertou o coordenador do Setor de Endemias.
CASOS
De 1º a 11 de janeiro desse ano, a Secretaria Municipal de Saúde registrou cinco casos suspeitos de dengue. Em 2013, o município contabilizou 6.825 casos notificados da doença. De acordo com o coordenador de Endemias, a população precisa continuar colaborando no combate a dengue, mantendo os seus quintais limpos, principalmente nessa época de chuvas, período considerado propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
