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Editorial

Insegurança que assusta

Leia editorial do Jornal do Povo deste sábado

Insegurança que assusta - Divulgação
Insegurança que assusta - Divulgação

Três Lagoas tem vivido um período de escalada de violência sem precedentes. Atos criminosos envolvendo adolescentes e redutos das organizações criminosas colocam medo na população. É assustadora a estrutura criminosa que se arma dentro e fora do presídio, onde entram telefones celulares, criando facilidades para a execução de ordens de ações violentas contra a sociedade.  

A conjugação de tráfico de drogas, assaltos à mão armada, roubos e até sequestros relâmpagos no universo da delinquência, além do instituição de tribunal de justiceiros, que submete a julgamento quem descumpre regras impostas pelos chefes do crime, é evidente e expõe a insegurança pública. A polícia, por mais que combata a ação criminosa, ainda é impotente diante da falta de aparelhamento que vai desde uma precária rede de câmaras de vídeo instaladas nos bairros da cidade à falta de viaturas e de um contingente maior, com policiais preparados para atuar com mais intensidade no combate ao crime. A delinquência juvenil aumenta em consequência do tráfego varejista da venda de drogas, em desafio à inteligência policial, que não tem pessoal suficiente. Não se consegue deter o crescimento do comércio ilegal que muitas vezes redunda na morte dos próprios envolvidos na atividade.

Esta insegurança não se restringe apenas no âmbito policial e alcança a  contravenção no trânsito que mata com frequência motociclistas em acidentes que envolvem condutores de carros e veículos pesados. O desrespeito à sinalização de vias de preferência, mão e contramão de direção parece ter se tornado regra de conduta. Não é pequeno o número de motoristas que transitam por ruas acima da velocidade, mesmo com as lombadas físicas ou eletrônicas. 

A insegurança não é só de ausência de maior contingente policial e de resultados mais eficientes. É, também, da falta de educação no trânsito, do despreparo e da ausência de campanhas para esclarecer motoristas de que não se pode transformar a condução de um veículo em uma arma. 

O combate à violência no trânsito não se resume somente aqueles fatos que exigem a presença policial, mas envolve a o ser humano que deve conduzir com urbanidade e respeito com o próximo. Essa questão, a da educação no trânsito, deve deflagrada simultaneamente com campanhas educativas ao lado da repressão policial na cidade, de modo que todos possam viver com segurança.