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Condenação

Integrantes do PCC são condenados a 40 anos de cadeia em Três Lagoas

Os três primeiros a sentarem no banco dos réus faziam parte do tribunal do crime que julgava e matava pessoas dentro dos presídios

Assassinato no presídio seria uma forma de vingar a morte de Maísa, na época com 12 anos e sobrinha de um dos integrantes do PCC - Marcelo Marcos
Assassinato no presídio seria uma forma de vingar a morte de Maísa, na época com 12 anos e sobrinha de um dos integrantes do PCC - Marcelo Marcos

Após mais de 12h de julgamento e 24h de espera, saiu à sentença dos três primeiros integrantes do PCC acusados de "julgar" e executar José Leandro Carvalho de Jesus, em 2015, que estava preso por ser um dos autores da morte de Maísa Martins, de 12 anos, sobrinha de um dos integrantes da facção.

Inicialmente sentaram no banco dos réus Arison Rodrigo Moreira, Fabrício Cássio Vitória da Silva e Igor de Souza Alves, todos acusados da morte de José Leandro. O três foram condenados a mais de 40 anos de prisão em regime inicialmente fechado. A sentença foi publicada na tarde desta quinta-feira (6) por volta das 17h.

 

MANDANTE

Para a justiça o mandante do crime seria Fernando Barrinha Antonácio, que supostamente montou “tribunal do crime” para julgar e executar José Leandro Carvalho de Jesus, que juntamente com um adolescente de 16 anos haviam participado de uma tentativa de roubo que terminou com a morte da sobrinha de Fernando.

 

ENTENDA O CASO

Conforme o processo, Fernando teria sido autorizado por outros criminosos a montar julgamento por videoconferência de José Leandro. Participaram do julgamento  criminosos de dentro e de fora do presídio

De acordo com os autos da denúncia do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, José Leandro teria sido atraído a uma cela e recebido o comunicado da decisão do tribunal do crime, sendo obrigado a cometer suicídio ingerindo um coquetel apelidado pelos presos de “gatorade”, mistura composta por cocaína e bebidas alcoólicas e que leva a morte por overdose. Como Leandro não teria morrido com a bebida os detentos então asfixiaram a vitima até a morte.

 

PRÓXIMOS JULGAMENTOS

Além de Fernando, Arison, Ygor e Euclides também vão a julgamento Éverton Rodrigues de Queiroz, Fabrício Cássio Vitória da Silva, Maicron Selmo dos Santos, Matheus Alves de Melo e Paulo César Pereira de Paula. Todos estão presos e respondem por vários crimes.