Uma moradora de Três Lagoas usou as redes sociais para alertar a população sobre a possibilidade das pessoas se machucarem ao tentar passar as mãos nas capivaras que habitam a Lagoa Maior. A internauta postou o seguinte comentário: “Acredito que muitos talvez me critiquem pela minha atitude, mas estou postando só pra alertar a população de Três Lagoas de um fato que aconteceu domingo na Lagoa Maior”, disse.
Ela contou que estava passeando pela Lagoa, quando resolveu passar a mão em uma capivara, a qual teria dado uma cabeçada nela. A internauta diz que a capivara a derrubou e provocou um corte em seu braço. Ela contou ainda que a sorte foi um rapaz que chutou a capivara e, somente assim, o animal saiu de cima dela.
A internauta diz que passou pelo médico e levou alguns pontos no braço. Ela relatou estar bem e que tomou os medicamentos que foram prescritos. A moradora disse não querer aterrorizar ninguém com a divulgação do ocorrido, mas que apenas fez a publicação para alertar a população.
A reportagem conversou com o biólogo da Secretaria do Meio Ambiente, Flávio Fardim, o qual informou que nunca houve um caso deste na Lagoa Maior. “A gente alerta os munícipes que não se aproximem dos animais que habitam a lagoa. As pessoas podem fazer as fotos, mas sem se aproximar tanto deles e quer passar as mãos. A gente não sabe qual é a reação desse animal, se ele vai defender o grupo que, possivelmente foi a reação dessa capivara, ou se estava com filhote próximo. Esses animais têm essa reação de proteção. Não é certo tocar os animais na Lagoa”, disse Fardim.
Segundo o biólogo, a Secretaria do Meio Ambiente constantemente faz o monitoramento dos animais que habitam a Lagoa Maior, que já chegou a ter mais de 180 capivaras. Atualmente, tem cerca de 90. Parte dos animais foram remanejados para o Parque do Pombo.
O professor de Zoologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), José Ragusa Netto, diz que as capivaras não atacam as pessoas. “As capivaras são roedores gigantes e são herbívoras, e a única preocupação delas é procurar capim para comer. Elas são completamente inofensivas. As capivaras tem um modo de vida muito interessante. Elas são muito sociais e vivem em grupos familiares e se ajudam muito.
A hipótese do animal “atacar” alguém, segundo o professor, ocorre se ele for acurralado. “Ela pode tentar se defender. Ocorre muito lagoa, o que é proibido, são pessoas passeando com cachorros. Alguns, por ingenuidade, ou por agressividade, podem ir atacar as capivaras. Elas primeiro fogem, mas depois, se esse recurso não for suficiente, elas tentam se defender”, explicou.
Confira a reportagem abaixo: