O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por meio do Gaeco (Grupo de Ações Especiais de Combate contra o Crime Organizado) realizou uma operação para investigar crimes de tráfico de drogas e prevaricação, contra ‘alguns’ integrantes da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (13) em Aral Moreira, na fronte de Mato Grosso do Sul e o país vizinho Paraguai, e no leste do estado Três Lagoas.
Quatro militares foram alvos de busca e apreensão e um militar lotado no batalhão de Aral Moreira, acabou preso por não estar no posto de trabalho. Com os militares de Três Lagoas, nada de ilícito foi encontrado. Segundo nota do MPMS, a operação visava combater o crime de prevaricação (quando um funcionário público, deixa de realizar suas obrigações funcionais para beneficiar terceiros).
Durante uma fiscalização no quartel de Polícia Militar de Aral Moreira, dois militares que deveriam estar de serviço até às 9h da manhã de sexta-feira, não foram localizados no batalhão e nem em rondas, deixando o posto antes do horário obrigatório. Um militar foi localizado na casa de uma namorada e outro teria ido para a capital Campo Grande, deixando de executar suas obrigações funcionais.
Em Três Lagoas também houve uma averiguação a dois militares lotados no 2°BPM (Batalhão de Polícia Militar), mas nada de ilícito ou irregular foi encontrado com os dois militares alvos de busca e apreensão. Em nota do MP (Ministério Público) foi informado que o comando geral da Polícia Militar informou que um dos militares que não foi localizado no posto de trabalho, teria sido preso e conduzido para o presídio militar de Campo Grande e outro afastado das funções até o término das funções e que os demais estariam realizando funções administrativas e que nada de ilícito, teria sido encontrado com os mesmos.
O Gaeco do MPMS, ressaltou que a operação não visava crimes de militares envolvidos com tráfico de drogas ou ‘vistas grossas’, para que traficantes passassem por barreiras sem serem presos, mas sim por funcionários públicos que deveriam estar cumprindo suas funções e ao invés de estarem trabalhando, deixavam seus postos para realizar assuntos pessoais, encontrando em prevaricação por desguarnecer o combate ao crime.