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RCN E CBN Live Em Ação 2020

“Isolamento não pode ser a solução para todos os países ao mesmo tempo”, diz ex-ministro

Ricardo Barros parabenizou trabalho realizado por Geraldo Resende em MS

Ricardo Barros, que foi ministro da Saúde durante o governo Temer e atualmente é deputado federal, abriu a sequência de palestras do RCN e CBN Live em Ação 2020 - Reprodução
Ricardo Barros, que foi ministro da Saúde durante o governo Temer e atualmente é deputado federal, abriu a sequência de palestras do RCN e CBN Live em Ação 2020 - Reprodução

 O ex-ministro da Saúde e deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), primeiro palestrante do projeto RCN e CBN Live em Ação, encerrou a primeira palestra do ciclo deste ano afirmando que a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre o isolamento social não pode ser a solução para todos os países do mundo ao mesmo tempo.

Para Barros, é preciso reconhecer as particularidades de cada Estado. “Isolamento não é a única saída para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Eu sempre discuto as orientações com a nossa diretora da OMS que não é adequado uma única orientação para todos os países do mundo”, frizou.

Defensor do isolamento vertical, onde apenas pessoas imunodeprimidas e idosos ficam distantes do convívio social, liberando a retomada da economia e outras atividades, o ex-ministro explica que a imunidade de rebanho é uma poderosa ferramenta para enfrentar a pandemia. “Se mais de 60% da população já tivesse adquirido o vírus e criado os anticorpos, já teríamos superado a pandemia, segundo a literatura médica. Ainda segundo a literatura, mais de 85% dos casos são assintomáticos”, ressaltou.

O ex-ministro ainda disse que ele e sua família contraíram o vírus, porém todos assintomáticos. “Eu fui internado e tomei a cloroquina, azitromicina e anticoagulantes, mas não tive sintomas. Fui para casa no dia seguinte. Seguimos o isolamento social e voltamos a nossa vida normal”, disse.

Se às aulas estivessem liberadas, as crianças e os mais jovens já teriam criado a defesa natural do corpo contra o vírus, afirmou Barros. “Já estaríamos numa situação bem melhor. Teríamos uma barreira de propagação do vírus com esse público. Nós temos mais resistência para enfrentar o vírus, na comparação com outros países”, lembrou ele ao apontar o fato de que o SUS (Sistema Único de Saúde) realiza todos os anos ampla vacinação em todas as faixas da população. Ele ainda parabenizou o secretário de estado de saúde, Geraldo Resende, pelo trabalho realizado no combate ao vírus em Mato Grosso do Sul.