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Janeiro roxo' é de prevenção e diagnóstico da hanseníase

Três Lagoas é considerada de alto índice da doença pelo Ministério da Saúde

Diagnóstico é feito gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). - Divulgação
Diagnóstico é feito gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). - Divulgação

Para alertar sobre os cuidados e diagnóstico da hanseníase, o mês de janeiro é lembrado pela cor roxa e escolhido para ações de combate à doença. Em Três Lagoas, por exemplo, 16 pessoas estão em tratamento contra hanseníase. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os pacientes foram infectados no ano passado, sendo que oito pessoas conseguiram a cura. O tratamento é realizado por 12 meses e após um mês de iniciado, o paciente deixa de transmitir a doença. Porém é importante seguir até a conclusão do tratamento do período prescrito pelo médico.

Três Lagoas é considerada pelo Ministério da Saúde como com “ índice muito alto” de casos de hanseníase, considerando patamar de 23 casos para 100 mil habitantes. A dermatologista, Maria Angélica Gorga, pontua que a doença é ainda rodeada de mitos e isso impede o tratamento mais eficaz. Destaca ainda que o diagnóstico precoce ajuda a evitar sequelas. “A doença não é altamente transmissível, mas transmite. Geralmente a contaminação ocorre em pessoas que ficam anos com a doença sem tratamento. Com isso, a bactéria vai proliferando no organismo e a pessoa infectada vai elevando os níveis de contaminação. Alguém, então, inala a bactéria, que entra no corpo pela corrente sanguínea”, disse. 

CENÁRIO
Os pacientes em Três Lagoas, são atendidos através  da equipe do Programa Municipal de Controle da Hanseníase. O setor informou que está intensificando as ações de prevenção e conscientização da hanseníase. O tratamento é feito com três medicamentos, considerados eficazes e seguros, que podem levar à cura. Reforça que os profissionais da área da saúde são capacitados e o tratamento pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita, para crianças e adultos.

SINAIS DA DOENÇA
Como alertam os profissionais da Saúde, os sinais da hanseníase são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, geralmente com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. Também podem ocorrer caroços na pele, dormências, diminuição de força e inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos ou sensação de choque nos braços e nas pernas, entupimento nasal e problemas nos olhos. 

PERÍODO
A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. De acordo com os médicos, os sintomas levam de dois a sete anos para se manifestarem, sendo classificada como uma doença crônica e que evolui lentamente. Seguindo os protocolos do Ministério da Saúde, o paciente recebe apoio e acompanhamento de profissionais, como médico, psicólogo, enfermeira e fisioterapeuta. 

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico pode ser feito por meio de exame clínico dermatoneurológico, que identifica as lesões ou áreas do corpo com alteração de sensibilidade e comprometimento dos nervos periféricos. A melhor forma de prevenção  é a vacinação com BCG, além do diagnóstico precoce.