Começou o período de propaganda eleitoral, que autoriza candidatos nas eleições municipais distribuírem santinhos com os seus números, além de pedirem o voto ao eleitor. Esse é o momento em que cada um vai mostrar porque busca a representação de mandato popular, seja para prefeito, vice e vereador. A propaganda eleitoral também garante aos partidos políticos – cada um com seu tempo, para no rádio e na televisão a partir de 30 agosto, apresentar ao eleitorado os planos de governo no caso dos candidatos a prefeito e vice, e aos vereadores as propostas de como pretendem exercer um mandato legislativo independente e focado nas aspirações da população, além de poder dizer como exercerão as atribuições do mandato que lhes será conferidos para fiscalizar os atos do Poder Executivo. E, simultaneamente, propor leis que efetivamente poderão melhorar a qualidade de vida das pessoas e da cidade. O eleitor geralmente espera que na sucessão de mandatos um seja melhor que o outro e que os bafejos da boa administração, redunde no bem-estar da população no caso do Poder Executivo. E, no Legislativo, que cada vereador eleito produza leis que contribuam efetivamente para a melhoria das condições de vida da população, deixando de lado os excessos de apresentações de indicações, moções de louvor e pesar, as quais na maioria das vezes são laudatórias. O fato é que cada eleitor tem responsabilidade cívica com sua cidade. E, por isso, deve escolher bons candidatados para representá-lo com grandeza, capacidade, eficiência, e sobretudo, com muita honestidade, de modo que não faça do exercício do poder que lhe é conferido uma festa sem precedentes e muito menos, se forem das benesses do próprio mandato. Se hoje, se constata insatisfação generalizada com os políticos investidos em mandato popular em todas as esferas é porque esses não andam bem e evidenciam condutas que visam o desfrute do próprio mandato. Não é por esse caminho que a política sadia deve ser exercida. O mandato popular deve exornar as qualidades de quem o detém, de modo que seja evidenciado por que o exerce por um período de quatro anos a grandeza desse tempo que lhe foi conferido nas urnas pela vontade da soberania popular. Por isso, que não se deve votar para agradar seja quem for, mas para investir responsavelmente naquele que melhor poderá nos representar. Portanto, a oportunidade do voto, que é um instrumento de soberania dos cidadãos, transcende barreiras para emergir como um ditame da sociedade organizada, além de evidenciar a oportunidade de mostrarmos que sabemos como eleitores escolher bem nossos representantes. Caso contrário, as mudanças que reclamamos não acontecerão.