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A relevância das entidades assistenciais privadas

Leia editorial publicado na edição deste sábado (24) do Jornal do Povo

A relevância das entidades assistenciais privadas - Foto: arquivo/JPNews
A relevância das entidades assistenciais privadas - Foto: arquivo/JPNews

A sociedade civil realiza um importante trabalho na assistência social quando se organiza setorialmente para atender aqueles que precisam de amparo e, consequentemente, verem amenizadas suas limitações decorrentes de deficiências e das agruras que impõem limitações físicas, intelectuais ou até no enfrentamento da velhice, tudo isso causado por limitações socioeconômicas ou pelo desamparo do círculo familiar.

A ação social de entidades privadas abrange desde o encaminhamento de portadores de doenças graves para centros médicos e hospitalares mais especializados, quando se faz necessário, assim como para centros de reabilitação quando a cidade não os oferece.

Em Três Lagoas, são inúmeras as entidades que atuam no setor assistencial, inclusive na recuperação daqueles que enveredaram pelos tristes caminhos das drogas e do alcoolismo. Enfim, pelo elevado número de entidades assistenciais ativas e operantes em Três Lagoas, pode-se dizer que é uma cidade de gente solidária, comprometida com o amparo e a promoção das pessoas.

Entretanto, é fato que estas entidades funcionam mais pela vontade de seus dirigentes e simpatizantes do que pela contribuição financeira destinada pelo erário público que deveria ser no mínimo substancial, senão suficiente porque é indispensável para a execução das atividades inerentes às peculiaridades de cada entidade assistencial. Essa situação, força seus dirigentes a focarem energias e determinação em campanhas de arrecadação e busca de contribuição mensal de terceiros para a manutenção delas próprias e a consecução de suas finalidades.

Chega a ser estafante a busca de recursos financeiros que poderiam serem alocados pelo poder público, ser destinados a elas para contribuir ao cumprimento de suas finalidades. Portanto, se não fosse o espírito solidário da sociedade civil organizada, as entidades assistenciais não conseguiriam funcionar como funcionam para colocar em prática seus objetivos. Aliás, há de se lembrar que essas ações aliviam em muito a carga que obrigatoriamente deveria ser suportada pelos poderes públicos.

Não se pretende censurar ou desmerecer dirigentes públicos, mas lembrá-los de que seria muito mais difícil para suas administrações prestar esse obrigatório serviço assistencial se não existissem as entidades assistenciais privadas, as quais não têm outro objetivo senão o de amparar e promover as pessoas que, em situação de risco ou de desamparo, necessitam da mão estendida do próximo para amenizar suas carências e limitações. Por conta dessa ação voluntária da sociedade, o poder público deveria se fazer mais presente, destinando os recursos financeiros substâncias para o melhor funcionamento das atividades assistenciais privadas instaladas e que, de maneira relevante, complementam um serviço que, em primeiro lugar, é de sua própria responsabilidade e obrigação.