A Associação de Pais e Amigos do Autista (AMA) realizou a caminhada anual da campanha "Abril Azul", no sábado (6), na área Central de Três Lagoas. Com o objetivo de conscientizar sobre o transtorno do espectro autista (TEA), pessoas autistas, pais, responsáveis e defensores da causa se reuniram no evento.
Durante a caminhada, os participantes percorreram duas quadras entre as ruas João Carrato, Monir Thomé e Antônio Trajano, até se concentrarem na Praça Ramez Tebet. Vestidos de azul e segurando balões da mesma cor, simbolizando o mês da campanha, eles demonstraram apoio à causa e buscaram chamar a atenção da sociedade para a importância da conscientização sobre o autismo.
Muitas famílias estiveram presentes na caminhada, um exemplo é a Branca Muhlbauer, que tem um filho autista de oito anos, Miguel Muhlbauer. Ela conta que precisou se dedicar exclusivamente ao filho e buscou se aprofundar sobre a pauta do autismo para compreender as necessidades dele. Atualmente, ela é uma ativista pela causa e detalha as dificuldades que enfrenta no convívio social. “Os autistas são seres humanos igual a todos, não devem ficar apenas dentro de casa, mas, para saírem, é necessária toda uma preparação. Muitas mães não puderam comparecer à caminhada devido não terem condições de virem e nem com quem deixarem os filhos. Nos estabelecimentos, são pequenos gestos e modificações que podem serem feitos para que os autistas e as famílias possam comparecer ao local, além de promover uma inclusão para todos”.
A presença de dezenas de pessoas na caminhada reflete o engajamento da comunidade em promover a inclusão e o conhecimento sobre o autismo no munícipio. Segundo a diretora financeira da AMA, Kátia Izaías, o trabalho da associação tem sido fundamental para integrar as famílias que convivem com o autismo, em Três Lagoas.
Ao longo do mês da campanha “Abril Azul”, órgãos públicos e entidades da associação civil devem realizar eventos e atividades voltadas para a promoção e inclusão da pessoa autista, além de destacar os valores dos direitos de quem convive com o transtorno na sociedade.
Veja a reportagem: