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Arauco inicia terraplenagem da área onde será construída fábrica

Empresa inicia a primeira etapa do Projeto Sucuriú, que consiste no preparo da área onde será construída fábrica de celulose

Diretores  da Arauco visitaram o local da obra onde será construída fábrica - Divulgação
Diretores da Arauco visitaram o local da obra onde será construída fábrica - Divulgação

A Arauco iniciou nesta semana os serviços de terraplanagem do Projeto Sucuriú, que consiste no preparo da área onde será construída, a partir de 2025, a primeira fábrica de celulose branqueada da empresa no Brasil, no município de Inocência, na região Leste de Mato Grosso do Sul. Essa será a quinta planta de celulose no estado. As três unidades em pleno funcionamento estão em Três Lagoas, duas da Suzano e uma da Eldorado. Em julho, a Suzano inicia a operação da fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo.

O serviço de terraplanagem para a construção da fábrica da Arauco em Inocência é executado pelo consórcio formado pelas empresas MLC Infra Construção e Construtora Aterpa, e deve ser concluído no final do segundo semestre do ano que vem. 

O gerente executivo de Relações Institucionais e ESG da Arauco, Theófilo Militão, explica que, com a finalização da terraplanagem é que se iniciam de fato as obras civis e a instalação dos equipamentos da fábrica. “Estamos caminhando conforme o cronograma e, dessa forma, temos ainda algumas etapas pela frente. A primeira delas é a terraplanagem, depois começa a construção civil, seguida pela montagem, que antecede a fase de testes. A última etapa é a solicitação da Licença de Operação, que permitirá que a fábrica comece a operar”, detalhou.

A previsão é de que a fábrica entre em operação em 2028. Denominado de Projeto Sucuriú, a unidade da Arauco será construída a 50km do perímetro urbano de Inocência.

O investimento industrial previsto para o projeto, que terá capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada ao ano, é de aproximadamente R$ 15 bilhões. 
A Licença de Instalação (LI) foi concedida no início de maio deste ano pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), autorizando as obras para a construção da indústria.

Já a Licença de Operação deve ser concedida após vistoria do Imasul, comprovando que todas as medidas de controle estabelecidas no projeto estão em plenas condições de operação. Com a emissão, prevista para 2028, a Arauco poderá dar início à produção de celulose no Brasil.

EMPREGO

Para a etapa de terraplanagem, a expectativa é de cerca de 1.800 profissionais envolvidos diretamente. As contratações serão realizadas diretamente pelas empresas Aterpa e MLC Malucelli, que seguem processos próprios, de acordo com cada etapa do projeto, e devem priorizar profissionais da região. No pico da obra de construção da fábrica está previsto 12 mil trabalhadores.

Para ajudar a população da região a se preparar, a Arauco desenvolve, em parceria com o SENAI, diversos cursos de capacitação. Entre eles, há cursos de sinaleiro de vias, motorista de caminhão basculante, operador de motoniveladora, operador de retroescavadeira e operador de trator. A capacitação é gratuita e estará focada no preparo da mão de obra para atuação junto às empresas que trabalharão na fase de terraplanagem. Outros cursos serão oferecidos ao longo do desenvolvimento da fábrica. Uma vez formados, os profissionais estarão habilitados para atuar em distintas etapas da construção, atendendo demandas diretas e indiretas do projeto.

FORNECEDORES

Além da contratação de mão de obra, as empresas do consórcio devem focar também na contratação de fornecedores locais em diferentes etapas do projeto. Para que isso aconteça, os pequenos negócios devem estar preparados para as demandas e cumprir os requisitos necessários para atuar junto a empresas de grande porte.

Como forma de facilitar essa relação, trabalhando o encadeamento produtivo e promovendo a competitividade empresarial da região, a Arauco conta com o programa Conexão Arauco, desenvolvido em parceria com Sebrae/MS e Prefeitura de Inocência. O programa irá mapear a cadeia produtiva e identificar pequenos negócios que vão receber consultoria e qualificação, de forma a estarem aptas a atender os requisitos da indústria.