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Entrevista

Associação dos Ostomizados de MS realiza reunião no Conselho Municipal de Saúde

Objetivo é divulgar sobre a deficiência

Lana Flores em entrevista ao RCN Notícias. - Foto: Antonio Luiz/JPNews
Lana Flores em entrevista ao RCN Notícias. - Foto: Antonio Luiz/JPNews

Nesta quinta-feira (25), a vice-presidente e voluntária da Associação dos Ostomizados do MS, Lana Flores, participou do programa RCN Notícias, da TVC HD, Canal 13.1, para falar sobre a importância da entidade e das reuniões que estão sendo realizadas em Três Lagoas.

De acordo com Lana, a pessoa se torna ostomizada devido a um acidente, a um câncer, ou a doenças intestinais como retocolite e Crohn. Após a cirurgia, o intestino é desviado para a parede abdominal, e as fezes e a urina ocorrem através de uma bolsa coletora.

Conforme dados do CER/APAE, em Mato Grosso do Sul, há aproximadamente 2,3 mil pessoas ostomizadas. Em Três Lagoas, a estimativa é de cerca de 70 pessoas.

A associação, que existe há 30 anos, é uma entidade estadual sem fins lucrativos. “Ela atua na defesa e garantia dos direitos das pessoas ostomizadas”, explica.

A Associação fica localizada em Campo Grande, mas está expandindo a iniciativa. “Escolhemos Três Lagoas como a segunda cidade para implementar nosso projeto "Quem Somos e Onde Estamos", voltado para pessoas ostomizadas em Mato Grosso do Sul”.

Nesta quinta-feira (25), a entidade realizou uma reunião no Conselho Municipal de Saúde, às 8h. Às 13h30, será feita uma roda de conversa junto aos enfermeiros, na Câmara Municipal de Vereadores, com o objetivo de discutir o cuidado pós-cirúrgico e o encaminhamento adequado desses pacientes.

A vice-presidente enfatiza a importância dessas reuniões. “O que falta atualmente é uma maior divulgação sobre a ostomia e a orientação sobre onde os pacientes devem procurar suporte após a cirurgia. Muitas vezes, eles saem do hospital sem saber onde encontrar o dispositivo necessário e o apoio adequado. Nosso objetivo é esclarecer essas questões, tanto para hospitais quanto para postos de saúde, e oferecer orientação para todos que buscam o apoio da associação”.

Para pacientes do SUS, Lana afirma que as bolsas de ostomia são fornecidas gratuitamente. “Desde 2014, os planos de saúde também cobrem esses custos, pois cada conjunto custa cerca de R$130, e é necessário usar cerca de 10 unidades por mês. Isso não inclui possíveis custos adicionais em caso de diarreia. Fomos beneficiados pela Portaria 400, que garante o fornecimento das bolsas, mas há um movimento para modificá-la e aumentar a quantidade disponibilizada. Sem um controle adequado, os gastos podem ser maiores, pois a troca total do equipamento é necessária a cada três dias. Além disso, é importante que haja mais divulgação sobre os diferentes tamanhos de bolsas e que as pessoas compreendam a importância de escolher o produto adequado para manter uma boa qualidade de vida após a cirurgia”.

A ostomia pode ocorrer com qualquer pessoa. De acordo com Lana, em Campo Grande há 17 crianças ostomizadas, com idades entre 0 e 8 anos. “A divulgação é crucial, pois essas crianças precisam frequentar a escola. No entanto, há um desafio nas escolas: quem vai cuidar dessas crianças? Muitas pessoas têm receio de manusear a bolsa de ostomia, temendo contaminação, embora o procedimento seja semelhante à troca de fraldas de uma criança na creche”.

Nesta sexta-feira (26), será realizado outra reunião, voltada para os agentes comunitários de Saúde, às 7h30, na Câmara Municipal de Vereadores. As pessoas interessadas podem entrar em contato com a Associação através do telefone 99197011.

Confira a entrevista completa abaixo: