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Aumento nos combustíveis em Três Lagoas preocupa consumidores

A alta dos preços pode estar relacionada a fatores nacionais e internacionais

Motoristas de Três Lagoas já sentem no bolso o impacto do recente aumento no preço dos combustíveis. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 17 e 23 de novembro, o etanol subiu 7% e o diesel, 4%. O etanol está sendo vendido entre R$ 3,89 e R$ 4,18, enquanto o diesel varia de R$ 5,00 a R$ 6,28. A gasolina, por outro lado, manteve seus preços.

O barbeiro, Paulo Roberto, que depende do carro para trabalhar, desabafa sobre o aumento nos preços dos combustíveis e afirma que por depender, acaba pagando ‘o preço’. “Vai afetar, mas não tem jeito. Somos o consumidor final e precisamos pagar. É ruim, mas temos que usar. Não tem como andar a pé, preciso cumprir horários”, desabafa Paulo.

A dona de casa, Vânia Santos, que utiliza principalmente sua moto, também sente o peso no orçamento. “Mesmo usando mais a moto, o combustível está muito caro. O aumento complica cada vez mais, e o brasileiro precisa do veículo”, desabafa a consumidora.

O economista Aldo Barrigosse explica que a alta dos combustíveis está relacionada a fatores nacionais e internacionais, como impostos, oferta de biocombustíveis e conflitos globais, como a guerra entre Ucrânia e Rússia, que reduziu a oferta de petróleo no mercado mundial desde 2023. “A inflação maior reduz o poder aquisitivo do consumidor. O transporte mais caro encarece os produtos, o que agrava a situação”, explica Barrigosse.

Já o economista Eduardo Matos destaca o impacto da valorização do dólar, que chegou a R$ 6,00, pressionando os preços dos combustíveis refinados importados. “A questão cambial é crucial para o mercado de combustíveis. O Real desvalorizado encarece o combustível importado, enquanto o etanol e o biodiesel também são indiretamente afetados”, enfatiza Matos.

Apesar da queda no valor do barril de petróleo em comparação aos últimos dois anos, o impacto no curto prazo já é sentido pelos consumidores, com previsão de novos reajustes. A alta dos combustíveis é mais um fator que contribui para a inflação, afetando diretamente o custo de vida e a economia.