A professora do curso de geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de Três Lagoas, Dra. Gislene Porangaba, está elaborando uma pesquisa que vai mapear quem são e onde moram as pessoas que mais sofrem com as ondas de calor na cidade. O estudo se baseia nas mudanças climáticas e mostram diversos aspectos do cotidiano, um deles é a desigualdade socioeconômica, que gera consequências negativas em diferentes níveis, afetando ainda mais os grupos que são mais vulneráveis.
A pesquisa foi desenvolvida sob orientação do professor Dr. Emerson Galvani da Universidade de São Paulo (USP). Agora, ela será ampliada com o apoio da Fundação de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect).
“Observamos que as ondas de calor estão em uma crescente desde 2001 a 2020. Por isso, decidimos fazer esse estudo para contribuir com estudos da climatologia urbana das cidades de Mato Grosso do Sul e a região Centro-Oeste”, explicou a professora Gislene.
O estudo releva que a ilha de calor urbana de Três Lagoas, que pode ser até 10º graus mais quente que o entorno rural. E as frequentes ondas de calor, que ultrapassam a temperatura média de um determinado local por um certo período de tempo, acabam agravando ainda mais a sensção térmica da cidade.
A pesquisa detalha ainda que há quatro regiões de maior vulnerabilidade socioambiental em Três Lagoas. Elas estão localizadas nos bairros: Jardim Guanabara, Vila Alegre, Vila Haro e Vila Zuque. O resultado se baseia nas zonas onde moram pessoas com menores faixas de renda, segundo estimativa do Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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