Na manhã de quinta-feira (16), representantes de entidades ligadas a proteção à criança e ao adolescente participaram da caminhada “Faça Bonito”, em Três Lagoas. O objetivo foi mobilizar e sensibilizar a sociedade para o compromisso de proteger os menores de um crime que, muitas vezes, é cometido no silêncio e dentro de casa. Com faixas e cartazes, a caminha partiu da Igreja Matriz até a praça Ramez Tebet.
A secretária municipal de assistência social, Daiane Carolina, explicou que a caminhada é em alusão a 18 de maio, data que relembra o caso de uma criança que foi abusada e teve uma morte trágica. “Não é uma celebração, pois é uma data muito triste. E esse dia é chamar a atenção da população, conscientizar e informar que temos meios de denúncias e atendimento às crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual”, explicou.
O conceito da campanha traz a ideia de que quebrar o ciclo da violência significa convocar a sociedade a ouvir, ter empatia e cuidado com as crianças e adolescentes. De acordo com a secretária de assistente social diversas ações para combate a esse tipo violência têm sido realizadas em Três Lagoas.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp), entre janeiro a maio deste ano, foram registrados 27 casos de abuso sexual, sendo 19 contra crianças e adolescentes, em Três Lagoas. Em todo o ano passado, foram 58 ocorrências deste tipo.
A diretora de proteção da secretaria de assistência social, Rosimeire Cardoso, avalia que o número é considerado alto, e é preciso estar atento ao comportamento dos filhos. “Quando a criança sofre o abuso ela demonstra que estar em sofrimento. Então, qualquer mudança de comportamento os pais devem denunciar no disque 190, que é o órgão que recebe essas denúncias e encaminha para delegacia, Conselho Tutelar, Creas e Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente”, orientou.
A data 18 de maio é em memória ao caso da menina Araceli Crespo, de 8 anos, que foi raptada, drogada, estuprada e morta no Espírito Santo. Até hoje, o caso é cercado de mistérios. A história reforça a necessidade de seguir no combate a todos os tipos de violência contra crianças e adolescentes, para que busquem ajuda e denúncia.
Confira na reportagem abaixo: