O campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) acaba de alcançar um marco importante: o credenciamento para oferecer o primeiro programa de residência médica da unidade, na área de Medicina de Família e Comunidade. A conquista foi possível graças à aprovação da Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Educação, oficializada em dezembro de 2024.
O assunto foi abordado pela diretora do campus, professora Larissa Barcelos, durante entrevista ao RCN Notícias, da Cultura FM e TVC HD, desta quarta-feira (08). Larissa comemorou a novidade, que acontece em um ano especial para o curso de Medicina, que completou 10 anos de funcionamento. “Essa residência é um presente de aniversário para o curso. Ela marca a consolidação do nosso trabalho em graduação e é um passo fundamental para o fortalecimento do ensino e da formação de especialistas em nossa região”, destacou.
O curso de Medicina em Três Lagoas já formou aproximadamente 250 médicos ao longo de cinco turmas. Contudo, menos de 10% permanecem na cidade após a graduação, em grande parte devido à ausência de opções de especialização local. O coordenador do curso, Vinícius Neves, ressaltou que a nova residência pode mudar essa realidade. “Nossa intenção é formar especialistas que se fixem aqui e atendam às necessidades da comunidade. Essa área de Medicina de Família e Comunidade é prioritária, tanto para o Ministério da Saúde quanto para a população”, ressaltou o médico.
A residência médica terá duração de dois anos, com foco no atendimento em unidades básicas de saúde, onde os residentes desempenharão cerca de 80% de sua carga horária. O programa contará com apoio de instituições parceiras, como a Prefeitura Municipal de Três Lagoas, o Hospital Auxiliadora e o Hospital Regional Magid Thomé.
Impacto regional e perspectivas futuras
Desde a implantação do curso de Medicina, o campus da UFMS tem contribuído para o aumento de profissionais na cidade e para a melhoria dos serviços de saúde. “O curso atraiu professores, preceptores e estudantes, o que gerou um impacto positivo para a região”, afirmou Larissa Barcelos.
A diretora também ressaltou que a residência médica é apenas o começo. “Estamos estruturados para expandir e oferecer novos programas de residência em outras especialidades no futuro. Esse processo, embora burocrático, se tornará mais ágil com a experiência adquirida”, explicou Barcelos.