Escolas vazias, uso constante de máscaras, afastamento social, isolamento e quarentena. Esse foi o cenário enfrentado pelo Brasil durante a pandemia da Covid-19. O vírus, que chegou ao país no início de 2020, já matou mais de 700 mil pessoas em cinco anos.
Dados recentes da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul indicaram que 19 pessoas morreram no estado no início deste ano, devido à Covid-19. Em comparação com o mesmo período de 2024, quando 25 pessoas morreram por decorrência da doença, houve uma leve redução nos óbitos.
Em Três Lagoas, 56 pessoas foram diagnosticadas com Covid-19 no início deste ano. No entanto, não houve necessidade de internação hospitalar. A cidade ocupa atualmente a sexta posição no ranking de municípios com maior incidência da doença em Mato Grosso do Sul.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Adriana Spazzapan, informa que a quantidade de casos pode ser muito maior do que os números registrados. “Já fizemos aproximadamente 450 testes no município, e esse número é subnotificado, porque hoje o paciente tem exames que podem ser feitos em casa. Sabemos que a quantidade real é maior do que divulgamos”, afirmou a coordenadora.
Em relação ao número de mortos, 21 pessoas faleceram em Três Lagoas no ano passado por doenças respiratórias. O vírus com maior atuação foi a influenza, responsável por seis óbitos. Por coronavírus, duas mortes. Os demais óbitos foram por vírus variados. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica alerta para que os grupos de risco redobrem os cuidados durante as festividades. “Um dos pacientes que veio a óbito estava com dois vírus ao mesmo tempo. Isso pode acontecer, principalmente em pessoas com imunidade baixa”, destacou Adriana.
Carnaval e o risco de contágio
Com a proximidade do Carnaval, aumentam as preocupações com o possível aumento de casos de doenças respiratórias. Para pessoas do grupo de risco, como idosos, gestantes, recém-nascidos e indivíduos com comorbidades, Spazzapan recomenda, além da vacinação contra influenza e Covid-19, evitar aglomerações e o compartilhamento de ambientes fechados com familiares que apresentem sintomas gripais.