Com o retorno das chuvas em Três Lagoas, a Defesa Civil emitiu um alerta para o risco de afogamentos na região da Segunda Lagoa. O coordenador da Defesa Civil, João Luiz da Silva, destacou que, embora o período de estiagem tenha chegado ao fim, a atenção agora se volta para os perigos associados às chuvas, especialmente para crianças e adolescentes.
“Sabemos que na Segunda Lagoa já ocorreram vários acidentes fatais envolvendo jovens”, afirmou João. “Ainda não está cheia, mas já estamos emitindo alertas, pois as chuvas recentes elevaram o nível da água, tornando o local perigoso“.
Ele explicou que, mesmo com a quantidade moderada de chuva nos últimos dias, o nível na bacia de decantação e na lagoa já é considerado razoável, aumentando o risco para crianças e adolescentes que se aproximam da área.
As equipes da prefeitura levantaram as barragens para captar mais água da chuva, o que aumentará a profundidade da lagoa. “Essa elevação, parte do projeto de urbanização da região, melhorará o volume de água e garantirá mais estabilidade para as lagoas. No entanto, isso também traz riscos, especialmente devido à desobediência de jovens e adolescentes que mergulham na área“, alertou João.
Embora existam placas de sinalização, muitas crianças desobedecem e brincam na Segunda Lagoa, especialmente com o calor intenso em Três Lagoas. É comum ver meninos e meninas correndo em direção à bacia de decantação. “Essa água é extremamente suja, pois carrega detritos das ruas de toda a região, incluindo os bairros Interlagos e Boa Vista. Isso pode incluir restos de animais mortos, fezes de animais e até resíduos humanos, já que algumas pessoas descartam lixo de maneira inadequada”.
O coordenador pede para que os pais estejam atentos e cuidem dos filhos. “Não é fácil, eu também sou pai, mas é possível. Com esse calor, uma boa opção é colocar uma bacia com água no fundo do quintal, como fazia quando era criança, ou usar uma mangueira para se refrescar. É importante garantir que as crianças não saiam para brincar nessas áreas perigosas”.
Além do risco de afogamento, o coordenador da Defesa Civil também alerta para a presença de pó de mico nas três lagoas da cidade, que causa alergias e provoca coceira intensa. A irritação pode persistir por todo o dia, levando algumas pessoas a procurarem atendimento médico. Quando a alergia afeta os olhos, a situação pode se agravar ainda mais, intensificando o desconforto.