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Cobertura vacinal da DTPa não atinge 90% desde 2022 em Três Lagoas

Imunizante deve ser aplicado na grávida no pré-natal, no pós-parto e no recém nascido

Vacina protege contra coqueluche, difteria e tétano. - Foto: Reprodução/TVC
Vacina protege contra coqueluche, difteria e tétano. - Foto: Reprodução/TVC

A vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (DTPa) é fundamental para gestantes e deve ser administrada durante o pré-natal e o pós-parto, conforme orientações médicas. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas reforça a importância da atualização do cartão de vacinação para manter a saúde da mãe e do bebê durante a gestação e o pós-parto.

A dona de casa Ingrid Ketlyn, que está na terceira gestação, destaca a importância de seguir as orientações médicas e de manter o calendário de vacinas atualizado, incluindo a DTPa. "Eu tomei a vacina nas minhas duas gestações e é muito importante. Além de proteger a mãe, ela também protege o bebê. Muitas pessoas ainda não sabem disso, mas é fundamental ir atrás de fazer o pré-natal e seguir todas as orientações do médico. Ele vai te orientar certinho sobre quais vacinas são necessárias."

A vacina, recomendada para gestantes, puérperas e profissionais de saúde, protege contra três doenças graves: coqueluche, difteria e tétano. Crianças menores de 1 ano e mulheres em período pré e pós-parto são mais suscetíveis a essas infecções.

Segundo a enfermeira Fernanda Nery, da Central de Imunizações, apesar de não haver registros recentes de coqueluche, difteria ou tétano em Três Lagoas, a vacinação continua sendo crucial para evitar a reintrodução dessas doenças. "A vacina protege não só a mãe durante a gestação, mas também o bebê depois que ele nasce. Ela previne doenças graves como difteria, tétano e coqueluche, também conhecida como tosse comprida. Há alguns anos, o tétano neonatal era uma preocupação maior. Ao tomar a DTPa, a mãe está se protegendo e, ao mesmo tempo, protegendo o bebê e toda a família, fortalecendo a saúde da criança desde os primeiros meses de vida".

Dados de imunização mostram que a cobertura da vacina DTPa não atingiu a meta nacional de 90% nos últimos três anos, com uma cobertura de 53% em 2022, 83% em 2023 e 42% em 2024.

A ginecologista e obstetra Daiana Melo enfatiza que o pré-natal e a vacina são serviços gratuitos oferecidos pelo SUS e essenciais para evitar complicações durante a gravidez. “Durante a gestação, é importante estar atenta a várias condições que podem surgir, como diabetes gestacional e pressão alta, que pode evoluir para pré-eclâmpsia. Além disso, existem doenças infecciosas, como toxoplasmose, sífilis, HIV e hepatite, que podem ser identificadas e tratadas durante o pré-natal. O acompanhamento permite a realização de exames essenciais para detectar e prevenir essas condições, que podem ter consequências tanto para a saúde da mãe quanto para o bebê”.

Após o nascimento, a criança deve receber a vacina tríplice bacteriana em três doses de rotina para menores de um ano e dois reforços a partir dos 15 meses de vida.

Veja a reportagem abaixo: