Em entrevista ao Grupo RCN, o conselheiro tutelar, Paulo Vinícius de Almeida, abordou a atuação do Conselho Tutelar de Três Lagoas, especialmente em relação à violação dos direitos da criança e do adolescente, em um momento em que se celebra os valores da família.
O Conselho Tutelar de Três Lagoas, instituído pela Lei nº 8.069/1990, conta com cinco conselheiros, entre eles, Paulo Vinícius, Miriam, Adriana, Lara de Paula e Kelly, além de servidores públicos, como motoristas, secretários e outros profissionais. O conselheiro ressaltou o trabalho árduo realizado pelo órgão diante da crescente demanda no município, composto por cerca de 140 mil habitantes.
A violação dos direitos das crianças e adolescentes em Três Lagoas envolve, principalmente, questões como a evasão escolar. Quando isso ocorre, o Conselho Tutelar é acionado pelas escolas para buscar a família e entender as causas desse abandono. Frequentemente, os problemas estão ligados ao comportamento dos responsáveis, seja por negligência, abuso ou dependência de substâncias.
Além da evasão escolar, o Conselho Tutelar também lida com casos mais complexos, como abuso sexual. Nesses casos, quando há uma denúncia, a criança é encaminhada para atendimento médico e psicológico especializado. O conselheiro explicou que, quando necessário, a criança é retirada da família e encaminhada para um abrigo institucional ou para a família extensa, como avós ou tios.
O Conselho Tutelar de Três Lagoas também tem um trabalho contínuo para garantir o retorno da criança ao ambiente familiar. Isso é feito com o apoio de diversas instituições, como o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), além de colaboração com a Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público.
Paulo Vinícius de Almeida comentou que, embora o número de conselheiros em Três Lagoas seja reduzido em comparação com a alta demanda, o trabalho é realizado com esforço e comprometimento para garantir os direitos da criança e do adolescente. A rede de proteção trabalha de forma integrada para fortalecer os vínculos familiares e, quando necessário, tomar as medidas adequadas para a segurança e bem-estar dos menores.
A entrevista também destacou a importância do trabalho em conjunto com outras entidades, incluindo a polícia, o Ministério Público e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CIDCA), para enfrentar a violência e garantir a proteção das crianças e adolescentes da cidade.
Paulo Vinícius também reforçou que o órgão está sempre à disposição da população, com atendimento de plantão através do número (67) 9 9293-1579.