Neste mês de novembro, a bandeira tarifária de energia elétrica será amarela, com um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. Em outubro, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara, que implicava em uma cobrança extra de R$ 7,87 por 100 kWh consumidos.
A redução no custo da geração de energia ocorre devido à melhora nas condições das hidrelétricas, o que diminui a necessidade de uso das termelétricas, que são mais caras e poluentes. No mês passado, a escassez de chuvas forçou o Brasil a recorrer a essas usinas térmicas.
A bandeira vermelha patamar 1 tem acréscimo de R$ 4,46 por 100 kWh, enquanto a bandeira verde, quando as condições são favoráveis, não tem cobrança adicional.
Em Três Lagoas, comerciantes têm buscado alternativas para reduzir o consumo de energia. A caixa Adriana Barbosa conta que a conveniência onde trabalha teve que tomar medidas para economizar. “O consumo é bem alto, por isso, decidimos instalar placas solares. Temos muitos freezers que ficam ligados o tempo todo, então adotamos essa solução“, explica.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ajusta as bandeiras tarifárias mensalmente com base nas condições das hidrelétricas e a disponibilidade de água nos reservatórios. Quando as chuvas são escassas e os reservatórios estão baixos, o Brasil recorre às termelétricas, aumentando o custo da geração de energia.
O comerciante Dinho Luiz, que trabalha em uma sorveteria de alto consumo, também adotou medidas para reduzir a conta de luz. Ele conseguiu uma redução de quase 30% no valor da conta mensal. “Os freezers ficam ligados durante a noite, então agora estamos desligando-os pela manhã. Além disso, deixamos as luzes apagadas durante o dia para aproveitar a luz solar. Antes, gastávamos cerca de R$ 1,2 mil por mês, e agora nossa conta caiu para R$ 800“, afirma.