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Custas processuais e juízes de MS são os mais caros do país

Dados constam na 21ª edição do relatório anual 'Números do Judiciário', divulgado nesta semana pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Dados constam na 21ª edição do relatório anual 'Números do Judiciário', divulgado nesta semana pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - Divulgação
Dados constam na 21ª edição do relatório anual 'Números do Judiciário', divulgado nesta semana pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - Divulgação

A 21ª edição do relatório ‘Números do Judiciário 2024’,  divulgado na terça-feira (28) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), traz uma radiografia do setor judiciário referente ao ano de 2023. Entre os dados que chamam a atenção na Justiça Estadual, está o da produtividade por magistrado.

O TJMS aparece em 10º lugar no ranking nacional do Índice de Produtividade por Magistrado (IPM).  No ano passado, cada magistrado do TJMS deu baixa em 2.250 processos, em média, quando o esperado pelo CNJ era de 3.235 processos.

Assim, o IPM ficou em 69,5%.  Já a maior produtividade por magistrado está no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), com índice de 100% sobre o total estimado de processos para dar baixa. E a taxa de congestionamento líquida de processos em MS ficou em  62,68%, a 15ª entre os 27 tribunais nos estados e no Distrito Federal.

Por outro lado, o Diagnóstico das Custas Processuais Praticadas nos Tribunais mostra que os maiores valores praticados nas custas iniciais ou taxas judiciárias mínimas estão nos tribunais de MS, RJ, MT e GO.

O TJMS é considerado pelo CNJ como um tribunal de pequeno porte mas ocupa o primeiro lugar quando se verifica o custo de cada magistrado para os tribunais estaduais, incluindo somente os valores dos pagamentos de remunerações, indenizações, encargos sociais e previdenciários, imposto de renda e despesas com passagens aéreas e diárias, sem considerar o pagamento de salários.

Assim, cada juiz e desembargador do TJMS tem um custo médio de R$ 120.354,00. O valor é 63% acima da média nacional e três vezes superior ao custo médio do magistrado no TJAL, cujo tribunal ocupa a última posição nesse ranking, com valor médio de R$ 40.673,00 de custo para cada magistrado.

MS também aparece entre os tribunais que ainda possuem menos de 90% das unidades cadastradas na modalidade 100% digital e com apenas 28,5% das unidades judiciárias de primeiro grau com Juízo 100% Digital. É o terceiro pior índice do país entre os tribunais estaduais, conforme o relatório do CNJ.  MS também não possui Núcleos de Justiça 4.0. Na região Centro-Oeste, o TJMT aparece com 5 núcleos e o TJGO com 10 núcleos. O TJMS informou que “cada estado tem a suas particularidades”.