O câncer de pele é o mais comum no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), todos os anos são registrados 185 mil novos casos no país. Neste mês ocorre a campanha ‘Dezembro Laranja’ voltada para a conscientização e prevenção dos cuidados que a população deve ter com a pele.
Segundo a dermatologista Maria Angélica Gorga, há três fatores de alerta que aumentam as chances de desenvolver a doença: predisposição genética em pessoas com histórico familiar de câncer, alta exposição ao sol desde a infância e pele clara. O principal cuidado, de acordo com um dermatologista, é o uso diário de protetor solar, que deve ser reaplicado constantemente ao longo do dia.
Gorga citou os três tipos de câncer de pele. O carcinoma basocelular inicia-se como um cravo que vai crescendo e pode durar anos sem ser percebido. O carcinoma espinocelular surge como uma lesão que evolui para uma ferida, podendo causar sangramento. Já o mais perigoso, o melanoma, começa como uma pinta, cresce rapidamente, apresenta bordas irregulares e pode gerar metástases.
O pior horário de exposição ao sol é entre 9h e 15h. “O mais importante é ter cuidado com a exposição à radiação. Por exemplo, na região onde moramos, o sol é perigoso o dia todo, mas esse horário é ainda mais nocivo. A exposição do dia a dia é prejudicial; evite sair quando o sol estiver forte e use roupas de proteção”, explicou a dermatologista.
Em Três Lagoas, conforme a dermatologista, há um alto índice de câncer de pele, incluindo casos em pessoas mais jovens. Por isso, os cuidados com as crianças devem ser redobrados, ensinando a importância do uso do protetor solar.
Quanto aos bronzeamentos artificiais, tanto ao sol quanto em câmaras especializadas, são considerados altamente perigosos. A dermatologista explicou que, as câmaras são proibidas no Brasil, mas ainda existem muitas na cidade. “São lesivas, causam câncer de pele, envelhecimento precoce e rugas. Não é aconselhável fazer”, destacou.
Ela reforça que é necessária uma exposição mínima ao sol, de 10 minutos diários, para a absorção de vitamina D. No entanto, caso a pessoa tenha predisposição ao câncer, o ideal é optar pela suplementação da vitamina.