Nesta terça-feira, 2 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), e que busca disseminar conhecimento e combater o preconceito em relação ao transtorno. Desde 2013, quando o autismo foi classificado como espectro, tornou-se mais fácil diagnosticar e tratar.
Franck Kobayashi é psicólogo e foi diagnosticado com autismo já na fase adulta, aos 32 anos. Embora tenha reconhecido algumas características do transtorno desde cedo, o diagnóstico oficial veio apenas após anos de consultas e avaliações, revelando um autismo nível 1, considerado o mais difícil de identificar. “Desde criança tenho alguns ritos, nós autistas temos a característica de criar regras para coisas desnecessárias. A dificuldade de interação social sempre foi muito forte desde a infância e adolescência”.
Na maioria dos casos, os adultos autistas convivem com o transtorno sem nenhum agravo, mas o diagnóstico é a melhor forma de compreender o transtorno.
Apesar da formação em psicologia, Franck reconhece que os cursos não abordam adequadamente o autismo, deixando-o fora do tema por muito tempo. Somente após o próprio diagnóstico, ele começou a usar os conhecimentos para ajudar não só a si mesmo, mas também a outras pessoas, especialmente crianças, por meio do trabalho.
Em Três Lagoas, a Associação de Pais e Amigos do Autista (AMA) atua na integração e compartilhamento de informações entre as famílias que têm pessoas diagnosticadas.
Abril é marcado pela campanha de conscientização sobre o transtorno do espectro autista, e no próximo sábado, dia 6, a AMA organiza uma caminhada no Centro de Três Lagoas para reforçar a inclusão e o espaço dos autistas na sociedade.
Uma lei recém aprovada no Brasil garante aos autistas o direito de serem reconhecidos através de um colar com o símbolo da causa. Com o acessório, estas pessoas podem ter preferência em filas para atendimento e até mesmo vagas em estacionamento.
Confira a reportagem abaixo: