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Dia Mundial da Visão: diagnóstico precoce ajuda a prevenir doenças oculares

Especialista reforça os cuidados com a saúde ocular e a necessidade de acompanhamento regular com profissional da área

Dia Mundial da Visão: diagnóstico precoce ajuda a prevenir doenças oculares
Divulgação/Agência Brasil

A maioria das doenças que levam à perda de visão pode ser evitada. A afirmação é do oftalmologista Lucas Lontech, que alerta para a prevenção.  O Dia Mundial da Visão, celebrado em 10 de outubro, foi criado justamente para orientar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde ocular.

   O oftalmologista explica que condições, como catarata, erros refrativos não corrigidos, glaucoma, degeneração macular relacionada à idade e retinopatia diabética podem causar a perda da visão. “São todas doenças passíveis de tratamento, se descobertas precocemente. Por isso, o acompanhamento oftalmológico regular é tão importante”, destacou o especialista.

Os principais sinais de alerta incluem olhos lacrimejantes, vermelhos, com secreção, dificuldade para enxergar, inclinação da cabeça para melhorar a visão. Também visão embaçada, sensibilidade à luz e dores de cabeça. “Diversos fatores podem influenciar o surgimento dessas doenças, como genética e catarata congênita. No entanto, um dos principais fatores de risco é o envelhecimento. Quanto maior a idade, maior o risco”, acrescentou Lontech.

Além disso, a exposição prolongada às telas tem se tornado uma preocupação crescente, principalmente entre os jovens. “O impacto das telas na visão está sendo amplamente estudado. Sintomas como cansaço ocular, sensação de areia nos olhos e ressecamento são comuns. Em crianças, o uso excessivo pode aumentar o grau, especialmente de miopia”, explicou.

O especialista também ressaltou que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diversos tipos de cirurgias e cuidados, como consultas, cirurgias de catarata, icterícia e correções visuais a laser.

MUDANÇA DE VIDA 

O consultor de imóveis Pedro Galvão compartilhou a experiência que teve aos 17 anos quando descobriu o ceratocone, uma doença que pode evoluir para cegueira ao causar o afinamento progressivo da córnea. Galvão mencionou que o ceratocone pode ser agravado pelo hábito de coçar os olhos frequentemente, o que deforma a córnea.

Ele começou a usar óculos aos 7 anos, mas não de maneira regular. Em

2017, após sentir mal estar, tonturas e dores de cabeça, procurou um oftalmologista que diagnosticou a doença. “Fiz um exame de rotina e o resultado deu positivo para os dois olhos. Não esperava isso, foi um choque. O médico disse que, se eu não cuidasse, em um ou dois anos perderia a visão”, relatou o corretor de imóveis.

Ele então optou por realizar a cirurgia a laser. Em casos mais graves, é necessário o transplante de córnea. “A cirurgia dura cerca de uma hora, e você sente um desconforto, como se estivessem raspando os olhos”, explicou.

Após a cirurgia, o grau do óculos de Galvão diminuiu gradualmente, e ele refletiu sobre como a experiência transformou sua vida. “Mesmo diante dessa situação difícil, consegui tirar algo positivo. Quase perdi a visão, mas aprendi a valorizar mais a vida e a minha família. Deus te dá uma oportunidade para crescer”, concluiu.

Confira a entrevista abaixo: