Quem anda pelas ruas de Três Lagoas ainda não vê grandes movimentos das tradicionais estratégias de campanhas eleitorais, como bandeiradas, carreatas, comícios e distribuição de folhetos, os tradicionais “santinhos”. As campanhas eleitorais seguem tímidas faltando apenas um mês para as eleições de 2024, que ocorrerão em 6 de outubro.
Para o professor e sociólogo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Daniel Miranda, dois fatores podem estar influenciando a menor presença das campanhas eleitorais nas ruas. O primeiro é que os candidatos estão investindo mais na internet. “Os candidatos podem estae direcionando mais recursos para impulsionar publicações em sites, redes sociais e aplicativos, o que facilita atingir públicos diferentes e gerar resultados mais expressivos”, explicou.
De acordo com Miranda, o segundo fator de ausência das campanhas nas ruas é o fato de pesquisas eleitorais já apontarem favoritos ou algum candidato bem à frente dos concorrentes. “Quando a disputa é menos acirrada, os candidatos tendem, obviamente, a investir menos nessas mobilizações de rua, buscando consolidar sua dianteira, ao invés de necessariamente expandir o número de votos, com estratégias de menor custo. Se houvesse uma disputa mais acirrada, provavelmente haveria maior presença de apoiadores nas ruas”, avaliou.
As campanhas eleitorais começaram no dia 16 de agosto. Esse período, conhecido como propaganda eleitoral, é crucial para que os eleitores conheçam as propostas e o currículo dos candidatos. Nestas eleições, os cargos disputados são para prefeito, vice-prefeito e vereadores. As eleições deste ano ocorrerão em 6 de outubro (primeiro turno) e 27 de outubro (segundo turno). Em Três Lagoas, 88 mil eleitores estão aptos a votar nas urnas, sendo o terceiro maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul, ficando atrás de Campo Grande e Dourados.
O horário eleitoral gratuito em rádio e TV vai até 3 de outubro. Já as propagandas nas ruas seguirão as regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os candidatos poderão usar bandeiras, adesivos, alto-falantes, distribuir santinhos, além de promover carreatas e comícios para divulgar suas propostas, sempre com ética e sem divulgar informações falsas.