O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,2 milhões no último trimestre de 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE. O resultado representa um aumento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023, com 1,3 milhão de novos postos de trabalho. O levantamento não inclui empregados domésticos.
A pesquisa também apontou um crescimento de 5% nos empregos sem carteira assinada, totalizando 14,2 milhões de trabalhadores. No setor público, houve alta de 4,5%, atingindo 12,8 milhões de funcionários. O número de trabalhadores por conta própria (26 milhões) e de empregados domésticos (5,9 milhões) se manteve estável.
A taxa de informalidade ficou em 38,6% da população ocupada, cerca de 40 milhões de pessoas. O índice foi menor do que os 38,8% registrados no trimestre anterior e os 39,1% do mesmo período de 2023.
A população ocupada no país chegou a 103 milhões, um crescimento de 2,8% em um ano. Durante a pandemia, esse número era de 83 milhões, indicando um aumento de 20 milhões de trabalhadores nos últimos quatro anos.
Entre os setores que mais ampliaram o número de empregos estão a construção civil (5,6%), transporte, armazenagem e correio (5,2%), alojamento e alimentação (4,2%), indústria geral (3,2%) e comércio (2,8%). Outras áreas com crescimento foram serviços financeiros, imobiliários, administrativos e de informação (3,7%) e administração pública, seguridade social, saúde e educação (3,8%).
O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar, foi de 58,7%, um avanço de 1,1 ponto percentual em relação a 2023.
A taxa de desemprego ficou em 6,2%, abaixo dos 7,4% registrados no último trimestre de 2023. A população subutilizada, que inclui desempregados e pessoas que trabalham menos do que gostariam, somou 17,8 milhões, o menor patamar desde 2015. Já a população desalentada, formada por aqueles que desejam um emprego, mas não buscaram trabalho, caiu 12,3% em um ano, chegando a 3 milhões de pessoas.
*Com informações da Agência Brasil