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Arauco

Encontros conectam empresários sul-mato-grossenses ao Projeto Sucuriú

Valmet apresenta detalhes do Projeto Sucuriú a fornecedores em Campo Grande e Inocência – Divulgação
Valmet apresenta detalhes do Projeto Sucuriú a fornecedores em Campo Grande e Inocência – Divulgação

A implantação da nova unidade de celulose da Arauco em Inocência, denominado de projeto Sucuriú, está gerando novas oportunidades de negócios na região. O empreendimento, de US$ 4,6 bilhões, vai gerar 18 mil empregos diretos no período de construção.

Para aproximar fornecedores sul-mato-grossenses da Valmet, empresa responsável pelo projeto, a Fiems e o governo do Estado, sediaram, nesta semana, dois encontros: um em Campo Grande e outro em Inocência, voltados a empresários e fornecedores interessados em fazer negócios na região.

A Valmet é uma desenvolvedora e fornecedora líder mundial de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia. A empresa apresentou detalhes sobre o Projeto Arauco Sucuriú, destacando as categorias de fornecedores necessárias, o período de duração do projeto e as etapas do processo de contratação. Durante o evento, a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), apresentou o Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF) do IEL, que visa capacitar empresas para atender às demandas da indústria com excelência e competitividade.

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), apresentou o panorama econômico de Mato Grosso do Sul e as potencialidades do setor da celulose.
Em entrevista ao Jornal do Povo, o assessor de Logística da Semadesc, Lúcio Lagemann, destacou a importância do empreendimento e suas oportunidades.

Qual a importância da chegada da Arauco para a economia de Mato Grosso do Sul e, especificamente, para a região da Costa Leste?

Lúcio Lagemann “A chegada da Arauco a Mato Grosso do Sul, principalmente na região de Inocência, consolida a Costa Leste como um grande polo produtor de papel e celulose. Isso é muito significativo, pois trata-se de uma nova fábrica com capacidade de 3,5 milhões de toneladas, aumentando consideravelmente nossa produção nos próximos anos. Teremos a maior fábrica de celulose do mundo instalada na Costa Leste do Mato Grosso do Sul”.

Quais são os principais tipos de fornecedores que a Valmet está buscando para o Projeto Arauco Sucuriú?

Lúcio Lagemann “A Valmet está prospectando fornecedores. Os principais players já foram contratados inicialmente, e esses, por sua vez, deverão subcontratar novos empreiteiros, eletricistas, engenheiros, construtores, soldadores, profissionais da construção civil, locadores de equipamentos, entre outros. Todas essas cadeias produtivas terão oportunidades dentro do projeto em Inocência”.

Quais são os principais desafios que as empresas sul-mato-grossenses enfrentam para se tornarem fornecedoras da Valmet e como a Semadesc está auxiliando nesse processo?

Lúcio Lagemann “O principal desafio para as empresas sul-mato-grossenses é compreender que estamos vivenciando um momento único na história do estado, com a implantação dessas grandes indústrias que transformarão nossa economia por muitos anos. As empresas precisam se modernizar, aproveitar esse crescimento e se adaptar às exigências das multinacionais, que incluem questões ambientais e padrões de ESG. Esse será o grande desafio, mas tenho certeza de que as empresas do Mato Grosso do Sul estão preparadas para prestar serviços com qualidade, dada sua proximidade com o local de trabalho”.

Além do networking, quais foram os principais resultados do primeiro encontro realizado e quais as expectativas para os próximos eventos?

Lúcio Lagemann “Esse modelo de encadeamento produtivo já está consolidado no setor de celulose. Eventos similares foram realizados anteriormente, como no caso da Rota Bioceânica, que gerou mais de R$ 30 milhões em negócios no dia do evento. Ainda estamos aguardando o balanço dos negócios fechados durante esses dois dias organizados pela Valmet no Mato Grosso do Sul, mas, considerando o investimento de mais de R$ 20 bilhões em Inocência, acredito que o saldo será extremamente positivo”.

A política de encadeamento produtivo da Semadesc já trouxe resultados concretos em outros setores. Como esse modelo pode ser replicado? E, após a implantação da fábrica, quais serão as oportunidades de negócios mais promissoras para os fornecedores?

Lúcio Lagemann “Há uma grande expectativa por parte dos fornecedores em participar desse processo. Para o governo do Estado, é essencial que esses eventos aconteçam, por isso, buscamos ampla divulgação e envolvimento. O grande benefício para o Estado é a geração de empregos e novos investimentos. Pequenos e médios fornecedores se tornam protagonistas nesse ciclo, contratando mão de obra, adquirindo equipamentos e impulsionando novos investimentos. No primeiro encontro promovido pela Fiems, os resultados foram muito promissores”.

Na quinta-feira, estivemos em Inocência, juntamente com o Sebrae, participando do evento. Esperamos um volume significativo de negócios concretizados. O projeto demandará fornecedores de serviços, equipamentos, materiais de construção, transporte, logística, hotelaria e alimentação, abrindo um amplo leque de oportunidades para o setor produtivo local.