O recomendado por especialistas é que mulheres em idade reprodutiva consultem um ginecologista pelo menos uma vez ao ano para a realização de exames de rotina. A anatomia feminina, diferente da masculina, pode resultar no desenvolvimento de diversas doenças exclusivas do sexo feminino. Desta forma, o recomendado é que a atenção seja redobrada.
Uma dessas doenças restritas às mulheres é a endometriose. Segundo o Ministério da Saúde, a condição atinge 10% das brasileiras atualmente. Ela se desenvolve com o crescimento de fragmentos do endométrio fora do útero, que podem se alojar em diversas partes do corpo e resultar em um efeito inflamatório crônico.
De acordo com a ginecologista Daiana Melo, os sintomas podem incluir dor abdominal, sangramento, alterações intestinais, dor ao evacuar, distensão abdominal e dor durante a relação sexual. Em casos graves, uma doença pode causar infertilidade.
Daiana cita que um dos principais problemas em relação à doença é o diagnóstico tardio, visto que muitos médicos podem desacreditar as queixas de dores intensas durante as cólicas menstruais dos pacientes.
Os tratamentos citados pela especialista incluem alimentação saudável, atividade física, suplementação e medicação. Em último caso, os procedimentos cirúrgicos são necessários.
Superação
Contra as expectativas e com o diagnóstico de apenas 5% de chance de engravidar, Verusca Martins possuía trompas obstruídas pelo deslocamento do endométrio. Desde a adolescência, a personal trainer sofria com fortes dores menstruais. Por meio de exames de ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética, na fase adulta, descobriu os problemas de fertilidade. O milagre aconteceu com a descoberta da gravidez. “Sem tratamento, eu acabei conseguindo engravidar milagrosamente.