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Representatividade

Escola em Três Lagoas promove projeto para destacar mulheres na ciência

Com essas iniciativas, a esperança é que mais meninas sejam incentivadas a seguir carreiras científicas e tecnológicas

A Escola Estadual João Ponce de Arruda está promovendo um projeto especial que visa destacar o papel das mulheres na ciência. Sob a coordenação da professora de Ciências, Sueli Lossavaro, os estudantes irão pesquisar a biografia e as descobertas feitas por cientistas femininas. O trabalho resultará em produções textuais e leitura, culminando na Feira do Conhecimento, que ocorrerá em outubro, quando os alunos personificarão essas personalidades históricas.

A iniciativa dá continuidade a projetos desenvolvidos anteriormente pela professora, como rodas de leitura com obras literárias e visitas culturais. O projeto também chama atenção para a presença reduzida de mulheres nas áreas de exatas e tecnologia. Dados da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) revelam que, enquanto a instituição possui uma divisão igualitária entre professores homens e mulheres, essa proporção não se reflete nos cursos de Sistemas de Informação, Matemática e Engenharia de Produção, onde apenas oito dos 31 docentes são mulheres. No curso de Sistemas de Informação, por exemplo, há 128 homens e apenas 37 mulheres.

A diretora da UFMS em Três Lagoas, Larissa Barcelos, a primeira mulher a ocupar o cargo de gestão em 16 anos, destaca que não há comprovação científica para essa desigualdade, mas observa-se uma tendência cultural que afasta mulheres das ciências exatas e da tecnologia.

No Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) em Três Lagoas, a realidade é semelhante. Isabele Rancan, aluna do quinto período de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, relatou que sua turma começou com 40 alunos, sendo apenas 10 mulheres. Apesar disso, ela destaca que as mulheres na tecnologia têm feito diferença e que o IFMS tem investido em projetos para aumentar essa representatividade.

“É uma área que tem poucas mulheres, mas que tem se desenvolvido bastante. Eu acredito que, quanto mais mulheres tivermos, mais diferença podemos fazer”, afirmou Isabele, destacando a importância de projetos para incentivar a participação feminina no setor.

Com iniciativas como a da Escola Estadual João Ponce de Arruda, a esperança é que mais meninas sejam incentivadas a seguir carreiras científicas e tecnológicas, ajudando a reduzir a desigualdade de gênero nessas áreas.