No Dia Mundial do Sono, celebrado em 14 de março, especialistas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) destacam a importância do sono para a saúde física e mental, além de orientações para melhorar sua qualidade.
A médica Amanda Lira, especialista do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (Hupaa-Ufal), explica que o sono é um processo fisiológico essencial para o descanso e a reparação do organismo. Para ser restaurador, deve ter equilíbrio nas fases e uma duração média de oito horas diárias.
Distúrbios do Sono e Prevenção
A especialista alerta que os cuidados com o sono começam durante o dia, e não apenas na hora de dormir. Medidas como a prática regular de atividades físicas, a redução do uso de telas à noite e a limitação do consumo de bebidas estimulantes contribuem para um sono de melhor qualidade.
Entre os principais distúrbios do sono, a apneia obstrutiva é um dos mais graves, pois causa interrupções na respiração durante o descanso, reduzindo a oxigenação e aumentando riscos cardiovasculares e neurológicos. O tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, uso de aparelhos como o CPAP e, em alguns casos, cirurgias.
Impacto do Sono na Saúde
Segundo Manoel Sobreira, neurologista especialista em Medicina do Sono do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (CH-UFC), o sono desempenha papel fundamental na imunidade, na produção hormonal e na cognição.
“A privação do sono compromete o sistema imunológico, aumentando a vulnerabilidade a infecções. Além disso, afeta a produção hormonal, como o hormônio do crescimento, e prejudica a consolidação da memória e a atenção”, explica Sobreira.
Insônia e Uso de Medicamentos
A insônia, dificuldade para iniciar ou manter o sono, pode ser desencadeada por estresse, hábitos inadequados e problemas emocionais. A médica Fernanda Chrispim, otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), alerta que casos crônicos — com duração superior a três meses — devem ser investigados para identificar suas causas.
O tratamento pode envolver mudanças no comportamento, técnicas de relaxamento e, em alguns casos, medicamentos. Chrispim ressalta que calmantes naturais podem ser uma opção, mas devem ser utilizados sob orientação profissional.
Sobre a Ebserh
A Ebserh, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), administra 45 hospitais universitários federais, oferecendo atendimento pelo SUS e contribuindo para a formação de profissionais de saúde e pesquisas científicas.
*Com informações da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)