A Primavera é a estação das flores, mas também é o período de transição do tempo seco para o chuvoso. A nova estação marca o retorno das chuvas em diversas regiões que passaram por meses de estiagem, além do aumento natural das temperaturas.
De acordo com o meteorologista Vinicius Sperling, do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), o tempo seco ainda deve permanecer no mês de setembro, mas a previsão é que as chuvas sejam mais constantes a partir de outubro. “Historicamente, a região Leste de MS, no Bolsão, recebe neste trimestre em torno de 400 a 600 mm de chuvas, e é isso que esperamos com base na climatologia. A previsão aponta que as chuvas no estado devem ficar dentro da média histórica, um cenário otimista em relação ao que veio acontecer, com chuvas abaixo da média ao longo do último ano”, explica.
No entanto, no inverno as temperaturas ficam acima da média, e a expectativa é de uma primavera de calor intenso. As temperaturas devem ficar cinco graus acima da média devido ao fenômeno La Niña.
Uma das maiores preocupações relacionadas ao La Niña está nas temperaturas. As manifestações podem provocar eventos de calor extremo, que têm sido cada vez mais frequentes em Três Lagoas, assim como em muitas regiões do estado.
Há a possibilidade de que novas ondas de calor cheguem nesta estação. Conforme destacado pelo meteorologista, alguns municípios de Mato Grosso do Sul registram os dias mais quentes do ano durante a primavera. “A radiação solar volta a atuar com maior intensidade no estado, o que faz com que as temperaturas subam. Além disso, a ausência de nuvens e chuvas mantém as temperaturas elevadas. Então, após o reestabelecimento da umidade e das chuvas, as temperaturas começam a diminuir um pouco. Até então, o indicativo é de que poderão ocorrer temperaturas acima da média”, relatou Vinícius.
Dessa forma, a primavera de 2024 marca o retorno das chuvas, acompanhadas de tempestades, e temperaturas que devem permanecer acima da média. Episódios de calor intenso podem voltar a ocorrer em outubro e novembro, aumentando os alertas para a população.
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