A disputa por vagas para estacionamento de veículos torna-se a cada dia que passa um desafio para qualquer motorista. Voltou o velho hábito de comerciantes, comerciários e bancários virem de suas casas para o trabalho e ocuparem a grande maioria de vagas disponíveis na área central da cidade.
Esse costume é predatório à atividade comercial, porque desestimula o consumidor vir mais vezes ao centro da cidade para fazer suas compras, ou até mesmo especular preços de mercadorias até se sentir atraído para uma boa compra diante de ofertas e oportunidades.
Enfim, é certo que a disponibilidade de vaga na área comercial é um atrativo fundamental para o consumidor, como é para um grande shopping que reúne dezenas de lojas e cobra pelo estacionamento, porque não deixa de ser um facilitador para compras.
A reinstituição do estacionamento pago é benvinda, desde que observado o valor da cobrança, assim como as facilidades para o pagamento pelo seu uso. O comércio ganhará, assim como comerciantes em geral.
E, os comerciários, poderão aumentar seus ganhos decorrentes das comissões sobre vendas. A municipalidade, também ganha, porque quanto mais o comércio vende, mais aumenta a arrecadação municipal decorrente dos impostos incidentes.
Entretanto, é fato que o trânsito em Três Lagoas se apresenta tumultuado e até perigoso diante de tantos acidentes. Constata-se diariamente a falta de respeito às normas por parte de motoristas de veículos automotores, assim como de condutores de bicicletas, inclusive as eletrificadas, os quais em franco desrespeito às regras do trânsito, transitam na contra mão de direção. É preciso agir com severidade, pois medidas rigorosas devem ser adotadas, até mesmo com o recolhimento dessas bicicletas ao pátio da circunscrição do trânsito municipal.
O fim do estacionamento em 45 graus é questão muito relevante para tornar o trânsito da cidade mais amistoso, mais educado e menos parecido com uma praça de disputas como hoje se apresenta, porque o motorista que sai da vaga, e o outro que transita pela via, na maioria das vezes, não se dispõe, ou não tem um gesto de cordialidade para ceder um tempo, que é fração de minuto, para que se conclua a manobra em marcha ré. Além da maioria dessas vagas de estacionamento em 45 graus terem sido estreitadas para caber mais veículos e, como consequência, há dificuldade para se abrir as portas de veículos, não bater a porta em outro veículo, e até mesmo desembarcar diante do mínimo espaço entre um e outro.
Enfim, dar uma marcha ré para sair do estacionamento é um calvário e sair deles é outro. Causa espanto a falta de urbanidade no trânsito que se tornou uma característica nas vias da cidade. Pouquíssimos motoristas são capazes de aguardar o motorista que quer retomar seu trajeto ao sair da vaga onde se encontra estacionado. Não se consegue sair em marcha ré com tranquilidade. O receio de bater o veículo pela sua traseira, com o veículo que transita pela rua onde se está saindo da vaga de estacionamento é um tormento.
Enfim, é certo que entre dez, pelo menos seis ou sete motoristas não dão oportunidade saída para quem quer deixar a vaga que ocupa. E, assim, veículos e veículos continuam seus trajetos, sem permitir que se conclua a manobra de marcha ré. Essa circunstância é registrada a todo momento. Por conta dessa situação caótica, o estacionamento perpendicular em 45 graus, que tem por finalidade aumentar o número de vagas e a arrecadação do estacionamento pago, precisa ser repensada.