Todos os dias golpistas se aprimoram e inventam novas formas de pegar dados pessoais e bancários, fazendo vítimas. Um golpe em específico está chamando a atenção dos três-lagoenses. Estelionatários se passam por advogados, entram em contato com os clientes e relatam que a indenização do suposto processo em tramitação está liberada. Em seguida, pedem os dados bancários para depositar um valor, mas em segundos, limpam as contas das vítimas.
Os golpes são os mais variados possíveis e a complexidade das ações dos criminosos aumentam a cada dia. Por isso, a atenção se faz mais necessária do que nunca. Três Lagoas já registrou 24 casos de estelionato em 2025. Os golpes atingiram diferentes faixas etárias: idosos, adultos, jovens, um adolescente e até uma criança, segundo levantamento da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp). No ano passado, foram 200 ocorrências no município. Em todo o estado, o número também assusta: nos três primeiros meses do ano foram 2.690 ocorrências de estelionato e, no ano anterior, 14.621 casos.
O advogado Alex Ramires possui um escritório de advocacia, em Três Lagoas, e foi alvo de estelionatários. Ele detalhou como os golpes são aplicados. “Quadrilheiros, bandidos e organizações criminosas se passando por advogados e escritórios de advocacia. Entram em contato com os clientes de modo a subtrair informações privilegiadas e conseguem, em muitos casos, tirar dinheiro de pessoas que, muitas vezes, não tem condição de vida suficiente nem para passar o mês”. Ele contou ainda que alguns clientes receberam ligações de golpistas, alguns vivaram vítimas e tiveram prejuízos.
Depois de cair em uma série de golpes em sites falsos, o motorista, Reginaldo Garcia, agora checa a veracidade da página virtual antes de fazer qualquer pagamento. “Pela internet, várias vezes eu comprei e depois eu descobri que a loja não existia. Já comprei celular e peças de carro por 500 reais e nunca recebi”, pontuou.
Para evitar cair em situações deste tipo, o delegado da Polícia Civil e titular do Setor de Investigações Gerais de Três Lagoas (SIG), Ricardo Cavagna, destacou a necessidade de checar o endereço de e-mail e dos sites, para confirmar se de fato não é uma página falsa. “Verifique mensagens de SMS, redes sociais e e-mails suspeitos com links para acesso a algum outro site. São as formas de clonar dados e assim aplicar os golpes.”, completou.