Um homem supostamente embriagado teria corrido atrás de alunos da Escola Estadual Dom Aquino, em Três Lagoas, na tarde de segunda-feira (16), após uma provocação. Segundo relatos, o homem chegou a arremessar uma faca contra um dos adolescentes, que conseguiu desviar.
O susto foi grande para a dona de casa Maria Alice, avó de um dos garotos envolvidos. Segundo ela, o neto, de 13 anos, contou que estava saindo da escola com colegas quando encontraram o homem próximo a uma sorveteria na avenida Clodoaldo Garcia. “Eles pediram para ele pagar um picolé, e ele respondeu que já tinha matado uma mulher e que mataria eles também. Mostrou a faca e começou a perseguir as crianças. Uma delas conseguiu desviar quando ele jogou a faca, que caiu no chão e quebrou“, relatou.
Versão do adolescente
De acordo com o garoto, ele e outros seis colegas estavam na sorveteria quando o homem começou a xingá-los. “Ele xingou de tudo quanto é nome. Não fui eu que pedi para pagar o sorvete, foram outros meninos. Ele colocou a faca no balcão, e a gente saiu correndo em direção ao ginásio. Foi aí que ele correu atrás de nós“, contou o jovem.
O adolescente afirmou que o homem apresentava sinais de embriaguez, mas estava bem vestido. O caso aconteceu por volta das 14h30, e os alunos buscaram abrigo no Ginásio Professora Cassilda Acre Rocha, onde a perseguição continuou.
Escola e coordenadora apuram o caso
A coordenadora regional de Educação, Marizeth Bazé, disse ter conversado com a direção da escola, que relatou que os alunos teriam provocado o homem antes do episódio. “Eles estavam na frente da escola, foram até a sorveteria e encontraram o homem embriagado. Começaram a mexer com ele, e ele se irritou, arremessando a faca no chão“, explicou Marizeth, que reforçou a importância de orientar os estudantes.
“Frente de escola não é lugar para os alunos ficarem. Temos uma parceria com a Polícia Militar e Civil para garantir a segurança, mas é essencial que os pais também estejam atentos e que os alunos voltem diretamente para casa“, alertou a coordenadora.
Fato isolado, diz coordenação
Ainda de acordo com a coordenadora, o caso foi considerado um fato isolado. “Assim que soubemos, investigamos, mas o homem não foi mais visto. Fiz questão de apurar os fatos e orientar a escola a registrar um boletim de ocorrência“, disse Marizeth.
A Polícia Militar mantém uma viatura em frente à escola nos horários de entrada e saída para reforçar a segurança dos estudantes, mas a recomendação é que os pais fiquem vigilantes para evitar situações semelhantes.