Quem vê Três Lagoas atualmente, com tantas casas, prédios, condomínios, indústrias e até shopping center, não imagina como era a cidade há mais de 50 anos. Mas, na cidade existem memórias vivas e lúcidas que se recordam bem os tempos em que Três Lagoas era uma pequena cidade do interior.
Marinho da Silva Latta, de 95 anos, é uma das memórias vivas de Três Lagoas, e se recorda bem desta época. Ele e a esposa, Creuza de Freitas Latta, de 78 anos, vieram de Inocência para Três Lagoas há quase 50 anos. Mas, antes mesmo de se mudarem para a cidade, eles vinham muito para Três Lagoas. Marinho Latta conta que aos 15 anos veio da fazenda em que morava na região de Inocência para estudar em Três Lagoas a cavalo. E desde a juventude, foram muitas as viagens em carros de bois pelas estradas de terra.
Marinho Latta se recorda, inclusive, da época em que, não só Três Lagoas, mas a região da Costa Leste, eram desprovidas de infraestrutura. As rodovias na região, hoje asfaltadas, na época, eram de terra, e para chegar a Três Lagoas, era a maior dificuldade. “Demorava para chegar, hoje é rapinho”, relembra.
Hoje aposentado, Marinho Latta era pecuarista, tinha uma fazenda no município de Inocência, e durante anos viu toda essa região da Costa Leste, tomada por mato e gado, mas com o passar dos anos, acompanhou o eucalipto tomar conta dessas terras.
Latta tem boas recordações de Três Lagoas. Ele lembra da época em que o Hospital Auxiliadora era bem pequeno, não tinha toda essa estrutura, essa modernização de hoje. Quando pecuarista e produtor rural, ele fornecia alimentos para o Auxiliadora. “Era um corredorzinho pequeno”, lembra. Outro fato recordado por ele, era quando catavam guavira na rodoviária
Ao lado da esposa Creuza, Marinho Latta teve três filhos e quatro netos. Mas a família dele é grande em Três Lagoas e região, e se misturam com outras famílias tradicionais da cidade como os Garcia e Castro.
Marinho Latta gosta de conversar e relembrar os acontecimentos em Três Lagoas, afinal são 95 anos de idade. São muitas histórias e fatos para serem recordados, mas o que ele mais sente saudades do passado, são das velhas amizades.
Veja a reportagem abaixo:
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