A Força Tática do 2º Batalhão de Polícia Militar prendeu dois homens que causaram transtorno, na noite de terça-feira (16), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Jardim Carioca, em Três Lagoas.
A dupla foi presa após a Força Tática ser acionada por funcionários. Isso porque um suspeito teria dado entrada alegando ter sido vítima de agressão física e o colega dele por perturbar os trabalhadores na UPA, se passando por um falso advogado. Ele disse ainda que iria denunciar os funcionários da unidade médica e da PM, devido o amigo estar machucado e ter sido preso minutos antes.
O homem que disse estar ferido já tinha sido preso uma hora antes por causar transtornos aos usuários e funcionários do Terminal Rodoviário de Três Lagoas. Ele foi levado para a delegacia e liberado em seguida. Depois, foi parar na UPA e causou a nova confusão.
Assim que os militares da Força Tática chegaram foram até o suposto advogado e questionaram o que teria ocorrido. Ele relatou que o amigo, que passava por atendimento médico, teria sido preso antes, estaria reclamando de dores e que denunciaria todo mundo por agressão.
Ao pedir a credencial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ao suposto advogado, ele confessou que não era profissional da área e que teria se passado um por estar indignado pelo amigo. Os militares foram até a sala de medicação, onde a suposta vítima de agressão física era atendida, e perguntaram sobre a denúncia de agressão.
Para os militares o homem desmentiu o colega, dizendo que estaria sobe efeito de álcool e que momentos antes, teria dado trabalho aos funcionários de uma empresa de ônibus, querendo que o veículo chegasse antes do horário previsto. Durante a perturbação, a Polícia Militar teria sido solicitada pelos usuários da rodoviária e a Força Tática ido ao local e o conduzido até a delegacia, pelo delito de perturbação.
Devido ser um crime de pequeno potencial ofensivo, o homem prestou depoimento e foi liberado. Dessa forma, pediu para o amigo, o buscar na delegacia e o levar na UPA, dizendo ter se machucado durante o dia e passado a sentir as dores lombares referente ao trabalho, mas que não teria sido agredido.
Questionado se teria sido agredido na delegacia ou em outro local, o homem teria negado, reafirmando que as dores eram decorrentes do trabalho braçal. No entanto, passou a proferir ofensas aos militares da Força Tática, que teriam o alertado para que parasse se não seria levado novamente até a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), pelo crime de desacato.
Devido o nível elevado de embriaguez, o homem teria continuado com as ofensas e recebido voz de prisão por desacato e perturbação do trabalho. Já o falso advogado foi levado para a delegacia e autuado pelo crime de falsa identidade, podendo pegar de três meses a um ano de detenção.