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Gerenciamento de risco na atuação dos médicos: a prevenção é a melhor ação

Leia o Artigo, do Jornal do Povo, da edição deste sábado (1°)

Leia o Artigo, do Jornal do Povo, da edição deste sábado (1°) Foto: Agência Brasil
Leia o Artigo, do Jornal do Povo, da edição deste sábado (1°) Foto: Agência Brasil

Nos últimos anos sucessivos problemas envolvendo casos de erros médicos vêm crescendo gradativamente, aumentando de forma assustadora o número de ações judiciais e denúncias junto aos conselhos éticos profissionais, movidas contra médicos.
Em 2024, o Brasil registrou um aumento significativo nos processos judiciais relacionados a erros médicos, com um crescimento de 506% em relação ao anterior, cujos dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicam que foram 74.358 ações em 2024, contra 12.268 em 2023.

Esse salto mostra que os brasileiros estão mais atentos à defesa de seus direitos e que a Justiça é o leito para o qual devem encaminhar suas queixas, porém, o aumento de ações não significa, necessariamente, um crescimento proporcional de falhas médicas, mas reflete um contexto mais amplo, onde profissionais muitas vezes, não utiliza o serviço de Gerenciamento de Risco, ferramenta de fundamental importância para minimizar as hipóteses das demandas judiciais.

Isso porque, o gerenciamento de risco na área da saúde tem a finalidade de implantar ações preventivas, corretivas, contingenciais para garantir eficácia e eficiência operacional e oferecer um serviço de saúde com qualidade e segurança ao paciente, através de uma eficaz vistoria, implementação e adequação da documentação médica, de forma personalizada, atenta às especificidades de cada atividade.

Os bons resultados alcançados com a aplicação deste serviço de gerenciamento e prevenção, nos dias de hoje, de acordo com especialistas, estão atrelados a um acompanhamento permanente na esfera do risco jurídico e a defesa técnica nas ações exigem cada vez mais serviços especializados, os quais possibilitam a capacitação e aprimoramento de profissionais com objetivo comum a dedicação ao direito médico e à defesa das prerrogativas médicas.

A contribuição de especialistas para gerenciar riscos é crucial. Os profissionais especializados nessa área são capazes de enxergar riscos negativos e de criar ações que possam diminuir seus efeitos sobre os custos, qualidade, prazos e objetivos da instituição. Além disso, possuem conhecimento suficiente para conseguir detectar possíveis oportunidades e lucros advindos da maximização dos riscos.

Lembrando-se, o gerenciamento de risco médico não possui o fim exclusivo de eliminar todos riscos próprios da atividade médica, mas serve como ferramenta de extrema relevância aos profissionais, pois surge como um conjunto de ações voltadas para a identificação e classificação dos riscos inerentes a cada atividade médica, visando a adoção das medidas necessárias à prevenção desses riscos.