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Gigantes da celulose disputam construção de ramal ferroviário para atender demanda de fábricas

Ativação de novos ramais é essencial

Ativação de novos ramais é essencial.
Ativação de novos ramais é essencial. | Foto: Divulgação/Assessoria

O projeto de um ramal ferroviário da Arauco, gigante do setor de celulose, para atender a fábrica em construção no município de Inocência, segue avançando nos trâmites junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Em outubro de 2024, a empresa protocolou oficialmente o pedido de autorização para a construção de um ramal ferroviário.

De acordo com a ANTT, o pedido já recebeu pareceres favoráveis em diversas etapas da análise, com a última movimentação registrada em 8 de janeiro de 2025. A expectativa é que a infraestrutura ferroviária fortaleça o escoamento da produção de celulose para o Porto de Santos, principal rota de exportação do setor.

Concorrência
A Arauco não está sozinha nessa corrida. Outras gigantes do segmento também vislumbram a construção de ramais ferroviários no estado. Em 2021, a Eldorado Celulose obteve a licença para um ramal de 89 quilômetros entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado, com investimentos estimados em R$ 890 milhões. Em 2022, foi a vez da Suzano solicitar a autorização para um ramal de 111,7 quilômetros com o mesmo destino.

Porém, a ANTT indicou que apenas uma autorização será concedida para a região, o que pode levar ao compartilhamento de infraestrutura entre as empresas.

ARAUCO
O governo de Mato Grosso do Sul já concedeu a licença de instalação da fábrica da Arauco, enfatizando o alinhamento do projeto com políticas industriais e florestais estruturadas. A empresa também se comprometeu a adotar medidas de compensação ambiental, incluindo o uso sustentável da água do Rio Sucuriú no processamento da matéria-prima. A energia gerada pela planta — suficiente para abastecer uma cidade com mais de 800 mil habitantes — é outro destaque na estratégia de crescimento sustentável da companhia.