Cátia Virgínia da Silva, de 59 anos, teve sua conta bancária invadida após ter a bolsa furtada no dia 24 de janeiro, em Três Lagoas. No interior da bolsa estavam documentos, cartões e o celular. Segundo a vendedora, criminosos conseguiram sacar cerca de R$ 5 mil utilizando uma biometria falsa nos terminais eletrônicos da Caixa Econômica Federal.
O furto aconteceu na casa de uma amiga, no bairro S Sul, durante o horário do almoço. Assim que percebeu a falta da bolsa, Cátia buscou ajuda e registrou um boletim de ocorrência no dia seguinte. Ela conseguiu bloquear rapidamente alguns cartões, mas teve dificuldades com a conta da Caixa.
Na segunda-feira seguinte ao furto, a vendedora foi até a agência bancária e descobriu que já haviam sido retirados R$ 250 de sua conta. Em seguida, novas transações foram realizadas, incluindo o saque de valores enviados via Pix. Os extratos bancários mostram que os saques ocorreram no terminal eletrônico da agência da Caixa no centro da cidade, totalizando cerca de R$ 3 mil.
O que mais intriga a vítima é que todos os saques foram feitos com biometria, sem a necessidade de senha. “Se eu não fiz os saques, quem fez? Como alguém conseguiu usar minha biometria?”, questiona. Cátia solicitou as imagens das câmeras de segurança, mas foi informada pelo gerente da agência que a liberação depende de autorização da Polícia Federal.
Especialistas orientam que vítimas de crimes como este registrem um boletim de ocorrência imediatamente e notifiquem o banco. Caso não haja solução, é possível buscar a Justiça para tentar o reembolso ou até mesmo uma indenização.
Por meio de nota, a A Caixa Econômica Federal informou que prestou atendimento à cliente com os devidos esclarecimentos. Também pontuou que o banco não divulga informações, considerando o sigilo e a proteção dos dados pessoais.
Em caso de extravio, roubo, furto ou de suspeita de fraude no cartão, a Caixa solicita que entre em contato imediatamente pelo telefone e registre a ocorrência na delegacia mais próxima. O bloqueio deverá ser feito através do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) no 0800 726 0101. Se preferir, compareça a qualquer agência ou utilize os terminais de autoatendimento da Caixa.
O banco esclarece ainda que, em caso de movimentação não reconhecida pelo cliente, é possível realizar pedido de contestação em uma das agências do banco, portando CPF e documento de identificação. As contestações são analisadas, de forma individualizada, considerando os detalhes de cada caso e, para os casos considerados procedentes, o valor é ressarcido. Em conformidade com a Lei de Sigilo Bancário, o resultado é repassado exclusivamente ao cliente.
Além disso, a Caixa reforçou que os principais cuidados a serem observados são:
– A senha é pessoal e intransferível, não devendo ser divulgada a terceiros.
– Memorize suas senhas de números e sílabas, jamais a deixe anotada em papel, junto ao cartão ou registrada em aparelhos eletrônicos. É aconselhável mudar a senha regularmente.
– Evite escolher senhas que podem ser facilmente deduzidas, como datas de nascimento, números de documentos, nomes de familiares e números sequenciais como 123456, 112233, 157157, 123321.
– Não deixe que ninguém o veja digitando a senha. Da mesma forma, não digite a senha no telefone de desconhecidos.
– Nunca informe a senha, nem mesmo para empregados da Caixa.
Outras informações podem ser consultadas no site da Caixa: www.caixa.gov.br/seguranca, onde o cliente pode pesquisar as principais dicas e orientações de segurança com relação a diversos assuntos relacionados à atividade bancária, entre elas como resguardar senhas e se proteger contra fraudes.