A viola caipira é um símbolo da música sertaneja sul-mato-grossense. Em Três Lagoas, o historiador Rodrigo Fernandes, junto com o guitarrista, violinista, violeiro e compositor, Marcos Assunção, estão desenvolvendo um livro sobre os variados modos de tocar este instrumento que representa a cultura de Mato Grosso do Sul.
Em entrevista ao programa RCN Notícias, Fernandes relatou que está pesquisando sobre a história da viola no estado para fazer com que esse conhecimento de representatividade chegue ao restante do país. “Para nós, sul-mato-grossenses, é uma referência maravilhosa da nossa cultura, a busca da nossa identidade. Um discurso sobre a formação cultural, o temperamento, influências e sincretismos. É a maneira como se toca o instrumento que é próprio do nosso estado. Estamos em processo de pesquisa e o fruto dessa pesquisa é o livro, referente à afirmação e também à teoria de que realmente existe uma viola sul-mato-grossense.”
O músico Marcos Assunção contou sobre a experiência pessoal e comentou que o interesse pelos instrumentos começou desde a infância, tendo como maior influência o avô. Após participar do projeto ‘Pixinguinha’, ao lado de Gabriel Sater, decidiu que levaria a viola caipira para o repertório. “Em 2008, compus duas músicas e fui aprovado em um projeto nacional, o ‘Pixinguinha’. Concorri ao lado de Gabriel Sater e os maiores nomes contemplados na época foram os nossos. Para mim, foi o ponto inicial para a viola nunca mais sair da minha vida e da minha música. Acredito que carrego nas veias por parte da família. Quando muito pequeno, meu vô, que é mineiro, fazia parte de comitiva, tocava viola e era do meio rural.”
Em parceria com o Sindicato Rural de Três Lagoas, Marcos Assunção está desenvolvendo um curso gratuito de viola caipira e as inscrições estão abertas. Os interessados em participar devem ir até a sede do Sindicato Rural ou entrar em contato com a equipe pelo telefone ou redes sociais para efetuar a matrícula.