João Vitor Mendes Filho, 20 anos, foi morto barbaramente com garrafadas e tijoladas após uma briga na madrugada deste domingo (29), entre as ruas 35 e 36, no bairro Vila Piloto, leste de Três Lagoas (MS).
Durante a madrugada, a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamados para socorrer dois homens que teriam se ferido após uma briga generalizada.
No local, a Unidade de Suporte Avançado do Samu localizou João Vitor caído na rua 36, com graves lesões na cabeça e sem sinais vitais. Um pouco mais à frente, na rua 35, a mesma unidade do Samu prestou socorro a um homem caído ao solo com um corte de faca no pescoço.
À Polícia Militar foi informado que João Vitor teria se desentendido com um ex-cunhado metros antes do local, e durante essa briga ambos teriam trocado agressões mútuas, resultando no ferimento do ex-cunhado no pescoço. Após a briga entre os dois, um grupo de pessoas teria começado a linchar João Vitor com socos, garrafadas e facadas.
Ferido, João Vitor correu cerca de 150 metros, deixando sua bicicleta no local, mas foi seguido pelos assassinos. Na tentativa de fugir, invadiu uma casa, onde foi alcançado, arrastado para o meio da rua e morto pelo grupo, que o atingiu com tijoladas na cabeça.
Após a confirmação da morte de João Vitor Mendes Filho, a Polícia Militar isolou o local e acionou a Polícia Civil e a Polícia Científica, que compareceram para realizar a perícia. As agressões foram tão violentas que o sangue de João Vitor deixou um rastro desde o início das agressões até o local onde foi morto, inclusive dentro da casa invadida e na rua onde morreu. Ao lado de seu corpo, além da poça de sangue, ficaram partes de seu couro cabeludo e tufos de cabelo, arrancados durante o linchamento.
O segundo ferido foi socorrido e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ficou sob escolta policial e, posteriormente, foi levado à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), onde foi preso como principal suspeito de participação na morte. Para a polícia, testemunhas relataram que João Vitor brigava constantemente com a ex-mulher e estava sendo acusado de furtar o celular do ex-cunhado. Além disso, horas antes da morte, ele teria discutido novamente com a ex-mulher.
Uma festa que ocorria nas proximidades, segundo relatos de familiares da ex-mulher de João Vitor, foi visitada pelo delegado da Depac, mas ninguém quis dar detalhes sobre o ocorrido, afirmando não ter presenciado o fato. Todas as versões serão investigadas pela Polícia Civil para elucidar o caso.