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Dia de Conscientização

HPV: prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para a saúde pública

No Dia Internacional de Conscientização do HPV, especialistas reforçam a importância da vacinação e do rastreamento regular

HPV: prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para a saúde pública - Divulgação / Agência Brasil
HPV: prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para a saúde pública - Divulgação / Agência Brasil

Nesta terça-feira (4) é o Dia Internacional de Conscientização do HPV, uma data dedicada a informar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado da infecção. O Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível comum, associada ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, incluindo o de colo do útero. O vírus também pode causar verrugas anogenitais, dependendo do tipo de infecção.

Sinais e Sintomas

Na maioria dos casos, o HPV é assintomático. O vírus pode permanecer latente por meses ou anos antes de se manifestar, especialmente em pessoas com imunidade reduzida. A infecção pode desaparecer espontaneamente em até 24 meses.

As manifestações clínicas podem surgir entre 2 e 8 meses após o contato, mas o tempo de incubação pode chegar a 20 anos. O diagnóstico é feito por exames clínicos e laboratoriais.

  • Lesões clínicas: verrugas genitais e anais, geralmente indolores, mas que podem causar coceira.
  • Lesões subclínicas: não visíveis a olho nu e podem estar associadas a tipos de HPV de baixo ou alto risco para câncer.

O vírus pode afetar diferentes regiões do corpo, incluindo vulva, vagina, colo do útero, pênis, ânus e áreas extragenitais, como boca e garganta. Em casos raros, recém-nascidos infectados no parto podem desenvolver lesões na laringe.

Tratamento

O tratamento visa eliminar as lesões, mas não erradica o vírus. As lesões podem desaparecer espontaneamente, permanecer ou aumentar.

  • Métodos: químicos (como ácido tricloroacético), cirúrgicos (eletrocauterização, crioterapia) ou imunoterápicos.
  • Aplicação: domiciliar ou ambulatorial, conforme orientação médica.
  • Gestação: Podofilina e imiquimode não devem ser usados.
  • Imunodeficiência: Pessoas imunossuprimidas podem ter menor resposta ao tratamento e necessitam acompanhamento especializado.

Prevenção

A vacinação contra o HPV é a medida mais eficaz e está disponível no SUS para diferentes grupos:

  • Meninos e meninas de 9 a 14 anos: dose única.
  • Pessoas imunossuprimidas (9 a 45 anos): três doses.
  • Vítimas de abuso sexual e usuários de PrEP (15 a 45 anos): esquema vacinal conforme idade e condição.
  • Pacientes com Papilomatose Respiratória Recorrente: a partir dos 2 anos.

A vacina protege contra os tipos mais comuns do vírus (6, 11, 16 e 18), reduzindo o risco de câncer e verrugas genitais.

O exame Papanicolau é essencial para detectar lesões precursoras do câncer de colo do útero. Desde 2024, testes moleculares para HPV foram incorporados ao SUS como método de rastreamento.

O uso de preservativos reduz o risco de transmissão, mas não elimina totalmente a possibilidade de infecção, pois o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pela camisinha. O preservativo feminino oferece maior proteção ao cobrir a vulva.

A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para reduzir complicações associadas ao HPV.

*Com informações do Ministério da Saúde