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Indústria de eletroeletrônicos cresce impulsionada pelo clima e economia

O destaque foi o setor de ar-condicionado, que atingiu um recorde histórico de 5,9 milhões de unidades fabricadas

Crescimento econômico e fatores climáticos impulsionaram setor - Divulgação / Agência Brasil
Crescimento econômico e fatores climáticos impulsionaram setor - Divulgação / Agência Brasil

A indústria de eletroeletrônicos registrou um crescimento de 29% em 2024, na comparação com o ano anterior, com a comercialização de 117,7 milhões de unidades. O aumento foi impulsionado pelo avanço da economia e pelas ondas de calor mais frequentes, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17).

O destaque foi o setor de ar-condicionado, que atingiu um recorde histórico de 5,9 milhões de unidades fabricadas, um crescimento de 38% em relação a 2023. Com esse resultado, o Brasil passou da quinta para a segunda posição no ranking mundial de produção do equipamento, ficando atrás apenas da China.

O presidente da Eletros, Jorge Nascimento, atribuiu o crescimento à melhora dos indicadores econômicos e ao aumento da temperatura. “A geração de empregos, o controle da inflação e a redução da taxa de juros facilitaram a aquisição dos produtos, que geralmente são parcelados. Além disso, a busca por conforto diante das altas temperaturas impulsionou a demanda”, explicou Nascimento após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros no Palácio do Planalto.

Na linha marrom, que inclui televisores, a produção atingiu 13,5 milhões de unidades em 2024, o maior volume dos últimos 10 anos e o segundo maior da história, representando um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. Já a linha branca, que engloba geladeiras, fogões, refrigeradores e máquinas de lavar, cresceu 17%, totalizando 15,6 milhões de unidades, número próximo ao registrado antes da pandemia.

Durante o encontro com o governo, empresários do setor defenderam a manutenção de um cenário econômico favorável para garantir a continuidade do crescimento. “Se houver estabilidade fiscal, controle da inflação e juros ajustados, há potencial para repetir os números de 2024 ou crescer até 10%”, projetou Nascimento.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, destacou a relevância do crescimento do setor. “Expandir 29% uma indústria de bens duráveis é algo excepcional no mundo hoje”, afirmou. A Eletros representa 36 empresas do setor, que empregam cerca de 200 mil trabalhadores e correspondem a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria nacional.

*Com informações da Agência Brasil