Com a chegada da temporada de chuva aumenta a preocupação com o risco de dengue devido à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de diversas doenças, entre elas outras arboviroses como a zika, chikungunya e a febre amarela urbana. O Levantamento Rápido de índices para o Aedes aegypti (LIRAa), desenvolvido pelo Ministério da Saúde e realizado pelo Setor Municipal de Endemias, entre agosto e outubro deste ano em Três lagoas, revelou um percentual alarmante da presença do mosquito nas residências.
O Ministério da Saúde apresenta três níveis de classificação para o monitoramento do Aedes aegypti no país. O índice é considerado satisfatório quando o resultado fica abaixo de 1; situação de alerta quando está entre 1 e 3,9; e risco de epidemia quando é igual ou superior a 4.
Em Três Lagoas, o LIRAa identificou índice 4 de infestação do vetor transmissor da dengue, o que representa possibilidade de surto eminente. No entanto, neste ano a quantidade de diagnósticos da doença no munícipio está expressivamente menor no comparativo a 2023. Enquanto que, de janeiro a novembro de 2024, foram identificados 142 resultados positivos para a dengue, no ano passado mais de quatro mil munícipes foram diagnosticados com a doença.
O coordenador do Setor de Endemias, Alcides Ferreira, destacou que os sorotipos três e quatro da dengue estão por outros estados brasileiros, mas que ainda não chegaram a Três Lagoas. Entre as ações realizadas para conter a situação de risco de surto ou epidemias, o procedimento ‘pós LIRAa’ está sendo implementado pela cidade, no qual, ao identificar os bairros com maior presença do mosquito, são realizadas visitas educativas aos moradores e em escolas da região para conscientizar a comunidade.
“Nossas equipes de agentes de endemias agora vão reforçar, durante as suas visitas domiciliares, a atenção que precisa ser tomada. As visitas aos quintais, a eliminação dos criadores, visando a proteção daqueles locais. Para que o morador tenha tranquilidade, e que a gente não entre o ano de 2025 com um surto ou epidemia. Se você tiver introdução de um sorotipo novo, você tem risco de aumento de casos, por isso as medidas de controle não podem parar”.
De acordo com Ferreira, outra ação que está sendo utilizada pelo Setor de Endemias é o ‘bloqueio de caso’, no qual os agentes vão até a região onde moradores foram diagnosticados com a doença, em um raio de nove quarteirões, e realizam a borrifação de veneno para o mosquito com uma bomba costal motorizada.