Depois de quatro anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anisa) volta a proibir a comercialização do álcool líquido 70%. O prazo encerra nesta terça-feira (30) em todos os estabelecimentos do país. Já a partir de 1º de maio, os produtos podem ser apreendidos e os comerciantes sofrerem penalidade.
Em Três Lagoas, os comerciantes correm contra o tempo para cumprir a determinação da Anvisa e não terem prejuízos. O Valdir Corrêa é gerente de um supermercado no Centro de Três Lagoas e contou como o estabelecimento conseguiu zerar o estoque de álcool líquido 70%, antes do fim do prazo de venda. "Nós temos uma central de compras em Garças, e eles já sabendo dessa lei foi feito uma redução da aquisição do álcool líquido 70%, para distribuição nas lojas", explicou.
A permissão de venda desse tipo de álcool foi liberada em 2020 e prorrogada várias vezes em função da pandemia. No entanto, a Anvisa voltou a proibir a venda por entender que o produto é altamente inflamável. A partir de agora, a Vigilância Sanitária de Três Lagoas informou que vai intensificar a fiscalização nos estabelecimentos comerciais e vai autuar vendas irregulares desse produto, conforme explicou o fiscal do órgão, Paulo Henrique.
"A partir do fim do prazo eles estão correndo o risco de apreensão e retirada do produto, porque não pode mais fazer comércio dos mesmos. Em relação a multa, ele vai está sofrendo uma penalidade. Então, a orientação que a gente têm é realizar até o dia 30 de abril e o que ficar, em farmácia, por exemplo, ela pode usar o álcool para assepsia e uso pessoal", explicou o fiscal Paulo Henrique.
Antes da pandemia, a comercialização do álcool líquido 70% já era proibida há mais de 20 anos, por causa da sua alta inflamabilidade. Segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), cerca de um milhão de casos anuais envolvem acidentes com álcool no Brasil, sendo 300 mil deles com crianças menores de 12 anos.
Mas vale lembrar que a venda do álcool em gel 70% continua liberada, só o líquido será proibido.