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Insegurança

Mães relatam receio de ir ao parquinho da Lagoa Maior após caso de perseguição

Presença de andarilhos e usuários de drogas ao redor do principal cartão-postal da cidade tem contribuído para esse sentimento

Mães que frequentam o parquinho da Lagoa Maior, em Três Lagoas, relatam medo devido à insegurança no local. Nesta semana, a dona de casa Gabriela Machado, enquanto estava com o filho dela de um ano, foi abordada por um homem que tentou cometer atos obscenos. “Ele se assustou e saiu correndo quando comecei a gritar. Foi assustador”, afirmou. O caso ocorreu na segunda-feira (13), por volta das 9h.

A presença de andarilhos e usuários de drogas ao redor do principal cartão-postal da cidade tem contribuído para o sentimento de insegurança. Segundo frequentadores, essas pessoas ocupam bancos e áreas do entorno, muitas vezes embriagadas ou sob o efeito de substâncias. O local, que deveria ser um espaço de lazer, se tornou uma área de risco, principalmente para mães acompanhadas apenas dos filhos.

Nas redes sociais, Gabriela compartilhou a experiência e reforçou a necessidade de medidas de segurança. “Era rotina ir com meu filho, mas agora só voltarei acompanhada do meu marido ou de amigas”, desabafou. Outras mães relatam preocupações semelhantes. A empresária Abigail Queiroz de Souza afirma evitar ir ao local sozinha com o filho. “É tenebroso, não é confiável”, destacou.

O vereador Davis Martinelli já havia alertado, em novembro de 2024, sobre o aumento do número de usuários de drogas nas ruas da cidade. Na tribuna, ele cobrou ações das autoridades para conter a situação, que impacta não só a Lagoa Maior, mas também outros espaços públicos. “A situação na Lagoa e na Casa do Artesão já é insustentável para famílias que buscam lazer”, declarou.

As mães que frequentam o parquinho clamam por mais segurança e fiscalização. Evelyn Bueno, outra frequentadora, sugere maior vigilância. “Esses moradores de rua sempre ficam por aqui, bebendo cachaça, e não acho isso seguro para as crianças”.

Três Lagoas, conhecida como uma cidade promissora, enfrenta desafios trazidos pelo progresso. A artesã Ellen Rodrigues dos Santos também evita o local com seus filhos. “A gente nunca sabe o que pode acontecer. Prefiro me afastar”.