O Projeto Tatu-Canastra, desenvolvido pelo Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) no Parque Natural Municipal do Pombo, registrou a captura do maior tatu-canastra já identificado no local em 14 anos de pesquisa. O animal pesa 40 kg, mede 1,57 m e já havia sido registrado mais de 25 vezes por armadilhas fotográficas desde junho de 2022.
A captura ocorreu na borda do parque, próxima a uma propriedade privada, permitindo um estudo mais detalhado sobre os deslocamentos da espécie além da área protegida. O transporte do animal exigiu o esforço de cinco pessoas para garantir sua segurança.
Segundo Gabriel Massocato, biólogo e coordenador do projeto no Cerrado e no Pantanal, a espécie circula entre o parque e áreas externas, incluindo propriedades particulares. Para entender esses deslocamentos, transmissores de GPS serão utilizados para mapear os trajetos percorridos, identificando locais de alimentação, descanso e abrigo.
A pesquisa também busca parcerias com proprietários rurais para fortalecer a proteção da espécie. O fiscal ambiental do parque, Flávio Henrique Fardin, destacou a importância da preservação de corredores ecológicos para garantir a conectividade entre áreas protegidas e evitar ameaças como incêndios e a presença de espécies exóticas.
O tatu-canastra, além de não representar riscos para fazendeiros, auxilia no controle de formigas e cupins, contribuindo para a preservação das pastagens. O Parque do Pombo, com mais de 80 km² de Cerrado preservado, é um dos principais refúgios da espécie. O projeto é uma parceria entre o ICAS e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (Semea), com foco na conservação do bioma e na proteção do tatu-canastra, que está ameaçado de extinção.
*Com informações da Prefeitura de Três Lagoas