Veículos de Comunicação

Suporte

Mais de 570 crianças com transtornos estão matriculadas nas escolas municipais

Pais cobram mais apoio nas escolas de Três Lagoas

Em Três Lagoas, pais de alunos com necessidades especiais discutem a falta de acompanhantes exclusivos em sala de aula. Foto: Reprodução/TVC HD
Em Três Lagoas, pais de alunos com necessidades especiais discutem a falta de acompanhantes exclusivos em sala de aula. Foto: Reprodução/TVC HD

Atualmente mais de 570 crianças com transtornos e deficiências estão matriculadas na Rede Municipal de Ensino e no Centro de Educação Infantil de Três Lagoas. Nas escolas e nos CEIs, os pais destacam a necessidade de aumentar os monitores e auxiliares nas salas de aula.

A psiquiatra, Júlia Nascimento, atua com foco no atendimento de crianças e adolescentes. Ela percebeu os primeiros sinais de autismo em seu próprio filho, quando ele tinha um ano e meio, e o diagnóstico foi confirmado aos dois anos de idade. “Algumas peculiaridades no comportamento dele que sugeriam o diagnóstico de autismo infantil. Essa questão de preferência objetos que giram, brincar de uma forma diferente do habitual. O diagnóstico foi feito por um neuropediatra em São José do Rio Preto, após uma avaliação neuropsicológica e atendimentos seriados”.

Para Júlia, os acompanhantes de sala são essenciais no processo de aprendizagem da criança. Eles devem ter a sensibilidade de perceber quando uma crise está se aproximando e aplicar técnicas e recursos para reverter a situação, além de ajudar o aluno a se concentrar nas aulas e compreender o conteúdo.

Em Três Lagoas, pais de alunos com necessidades especiais discutem a falta de acompanhantes exclusivos em sala de aula. Atualmente, as escolas municipais atendem 571 crianças com deficiências. Dentre elas, 488 tem um diagnóstico de transtorno do espectro autismo TEA. Desse total, 112 alunos estão na educação infantil e 376 no ensino fundamental.

A coordenadora da Educação Especial do município, Miriam Dias, destacou que, a cada dia, novas crianças chegam às escolas com diagnósticos. Para atender essa crescente demanda, Miriam ressaltou a importância da atuação dos profissionais de apoio. “O profissional faz toda a orientação e acompanhamento, todas as necessidades das crianças são amparadas. Nosso lema é que seja uma independência futura para eles”.